Roadie Metal Cronologia: In Flames – A sense of purpose (2008)

Dando sequencia a “volta aos trilhos” alcançada em Come Clarity, saindo daquela crise existencial que rondava a banda, apesar de estarem indo muito bem no quesito comercial, o In Flames apresentou  em 1° de Abril de 2008, A Sense of Purpose, seu nono álbum de inéditas. Como fora mencionado anteriormente, o álbum deu continuidade á fase mais flexível, mais comercial e mais facilmente degustativa da banda, porém, com a cabeça no lugar e os pés mais próximos ao chão, os suecos trouxeram de volta um pouco da sonoridade apresentada nos seus primeiros trabalhos, e na opinião deste que vos escreve, deu muito certo!
É lógico que os ouvintes mais ortodoxos irão fazer caretas ou discordar dessa premissa, mas é fato que o leque de opções dentro da musicalidade da banda se expandiu em escalas gigantescas, Anders Fridén que o diga, as linhas vocais são estonteantemente criativas e se desenvolvem muito bem durante todo o play.
O álbum se inicia com “The Mirror’s Truth”, uma bordoada, e o que é mais alegrador, um ótimo riff, daqueles cheios de energia e que remete às boas épocas da banda sueca.

“Disconnected” começa a mostrar a cara de “A Sense of Purpose”, escancara as várias veias musicais que o grupo se baseou para criar o disco, peço que tenham uma atenção maior com a linha vocal a partir daqui. “Sleepless Again” é mais despretensiosa, ponto para o teclado e o solo que soam muito bem!!
“Alias” é um dos momentos mais chamativos e interessantes do play, tentem captar as nuances da voz de Fridén (é inevitável não citar o vocalista nesse trabalho), e o refrão é um prato cheio de criatividade e ousadia. “I’m the Highway”, “Delight and Angers” e “Move Throught Me” trazem groove, muito groove, é uma espécie de Korn Metalcore, se é que dá para imaginar, destaco também a introdução e o solo da última faixa citada, são arrebatadores!
Se acomode confortavelmente, feche os olhos e se liberte de qualquer viés que vá lhe atrapalhar de curtir a experiência com “The Chosen Pessimist”. A atmosfera criada pela banda aqui não se assemelha com nada que foi criado anteriormente, mais uma vez, ressalto a performance vocal de Fridén, é brilhante!

“Sober and Irrelevant” abre a sequencia de músicas diretamente influenciadas pela primeira fase da banda, não é necessariamente uma cópia dos anos dourados, mas é uma viagem ao Death Melódico praticado na essência do In Flames, a supracitada, “Condemned”, “Drenched in Fear” e “March to the Shore” encerram a audição de forma nostálgica.
De certo, A Sense of Porpose é a consolidação dessa nova roupagem do In Flames, dentro da nova proposta, esse é o trabalho mais consistente e criativo dos suecos. O álbum gira em diferentes rotações e vibra em diversas voltagens. A banda tem mais campo para trabalhar, isso é fato, o som não é engessado, tão pouco cansativo. Os velhos fãs podem torcer o nariz, mas em meio à indecisões e firmamento, o In Flames se encontrou.

In Flames – A Sense of Purpose
Data de Lançamento: 1 de Abril de 2008
Gravadora: Nuclear Blast

Tracklist:
1. The Mirror´s Truth
2. Disconnected
3. Sleepless Again
4. Alias
5. I´m the Highway
6. Delight and Angers
7. Move Through Me
8. The Chosen Pessimist
9. Sober and Irrevelant
10. Condemned
11. Drenched in Fear
12. March to the Shore

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