Após lançar o ótimo “The Dark Saga” (1996), o Iced Earth sofreu mudanças drásticas em seu line-up, o guitarrista Randall Shawver e o baterista Brent Smedley se afastaram da banda. Isso fez a banda se tornar um trio, Matt Barlow nos vocais, Jon Schaffer na guitarra e James MacDonough no baixo, além dos contratados, na época, Mark Prator na bateria e Larry Tarnowski na guitarra.
Essas baixas não impediram a banda de gravar um de seus melhores álbum, o excelente “Something Wicked This Way Comes“, quinto full-lenght da banda, lançado em 07 de Julho de 1998 pela Century Media.
Este Play pode ser considerado um dos melhores do Metal na década de 90, além de fazer o Iced Earth se agigantar como uma das melhores bandas de Heavy Metal da década.
A pegada do álbum é algo interessante, pois consegue balancear peso e melodia de um modo quase nunca visto antes. Faixas como “Burning Times”, “Disciples of Life” e “Stand Alone” são porradas na orelha, com riffs sensacionais, além de uma bateria super competente.
Outras faixas são na maioria baladas, algumas não tanto, mas com aquela harmonia acústica que agrada muito os nossos ouvidos, são da maior qualidade possível. Posso citar a melancólica “Melancholy (Holy Martyr)”, onde as letras falam sobre supostos questionamentos de Jesus Cristo, super interessante. “Watching Over Me”, onde Jon fala sobre um amigo de infância que idealizou o nome da banda, essa se tornou talvez o maior hino do Iced Earth, excelente composição.
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Além das duas acima, temos “Consequences”, típica balada de Metal, acústica até sua metade, onde o peso toma conta, com muita melodia.
Em um certo ponto do álbum, mais precisamente nas três últimas faixas, temos a “Something Wicked Trilogy”, onde são apresentadas as faixas “Prophecy”, “Birth of the Wicked” e “The Coming Curse”. Um show a parte no álbum, com um feeling próprio que com certeza mostrou um dos melhores momentos do Iced Earth em sua carreira.
Esse sem dúvidas é um dos álbuns que definiu o Metal dos anos 90, onde a banda mostrou uma superação incrível, entregando um álbum impecável. Uma pena que após isso a banda nunca tenha conseguido um feito musical tão grande como nesse álbum. Simplesmente um “masterpiece” que vale a pena revisitar sempre que possível.
Formação:
Matt Barlow (vocal);
Jon Schaffer (guitarras);
James MacDonough (baixo).
Faixas:
01 – Burning Times
02 – Melancholy (Holy Martyr)
03 – Disciples Of The Lie
04 – Watching Over Me
05 – Stand Alone
06 – Consequences
07 – My Own Savior
08 – Reaping Stone
09 – 1776
10 – Blessed Are You
11 – Prophecy
12 – Birth Of The Wicked
13 – The Coming Curse