O décimo primeiro álbum de estúdio do Iced Earth veio para confirmar aquilo que havia sido apresentado no trabalho anterior. “Plagues of Babylon” trouxe a confirmação de que a escolha de Stu Block para o lugar do grande Matt Barlow foi mais do que acertada. Mesmo possuindo um timbre semelhante ao do ex-vocalista, o canadense deixa aflorar uma maior agressividade em sua interpretação, o que deu ao grupo uma maior dose de peso em alguns momentos. Lançado em 06 de janeiro de 2014, o álbum manteve a boa pegada de seu antecessor, “Dystopia” (2011), mas, na opinião deste que vos escreve aqui, fica um pouco aquém do referido trabalho.

 

Obviamente que a presença do novo vocalista deu um novo gás à banda, mas o chefe Jon Schaffer, seguiu ditando as regras (como sempre o fez, que fique bem claro). E isso foi fundamental, pois Schaffer sabe como a banda deve soar, mesmo que em alguns momentos, uma ou outra forma diferente de compôr apareceram ao longo do play. Pesado e focado fortemente nas guitarras, o álbum traz em sua concepção algo um tanto quanto sombrio, mas nada que tire o rumo  e o foco do que o grupo sempre fez com sua música: heavy metal da melhor qualidade.

 

iced-earth

 

Com uma introdução densa e um tanto quanto sombria, a faixa título abre o álbum de forma bastante intensa. Os riffs de Jon Schaffer se mostram como sempre eficientes, enquanto Stu Block vai deixando as semelhanças com Barlow para trás, colocando sua personalidade nas interpretações. “Democide” tem mais elementos do antigo Iced Earth, com uma pegada mais próxima de álbuns como “Something Wicked This Way Comes” (1998). Os riffs cavalgados comandam a excelente “Among The Living Dead”, uma faixa daquelas que fazem os fãs delirarem, pois além de manter as características do grupo, possui uma melodia interessante, o que casou bem com as linhas vocais adotadas por Stu durante a execução da composição. Já “Resistance” é uma faixa mais cadenciada, mas que também possui ótimas melodias nas guitarras.

 

Podemos destacar ainda, faixas importantes como “The End”, onde o vocalista comprova sua versatilidade indo de linhas mais suaves e melódicas até momentos mais rasgados e agressivos, “Cthulhu”, onde o bom e velho heavy metal, direto e sem concessões se faz presente, “Peacemaker”, que apesar de todas as características relativas ao grupo, apresenta em suas guitarras algo mais próximo do hard rock (sem exageros, que fique claro), a bonita “Spirit of the Times” e o encerramento com “Highwayman”.

 

“Plagues of Babylon”, além de manter o bom nível apresentado no álbum anterior, serviu para mostrar e comprovar o talento de Stu Block nos vocais. Substituir alguém como Matt Barlow, não era tarefa das mais simples. Mas o músico soube dar sua própria identidade ao grupo, deixando claro que não estava ali para copiar o vocalista anterior, mas sim, para mostrar ao mundo sua capacidade técnica. Um bom álbum na extensa discografia do grupo.

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Formação:

Stu Block – vocal

Jon Schaffer – Guitarra

Troy Seele – Guitarra

Luke Appleton – Baixo

Raphael Saini – Bateria

Tracklist:

01 – Plages of Babylon

02 – Democide

03 – The Culling

04 – Among The Living Dead

05 – Resistance

06 – The End

07 – If I Could See You

08 – Cthulhu

09 – Peacemaker

10 – Parasite

11 – Spirit of the Times

12 – Highwayman

13 – Outro