Com uma temática um pouco diferenciada do que de costume, o Hammerfall sempre procurou inovar e a capacidade de criar e dar certo é algo realmente que vem a calhar com o legado que a banda carrega desde o início de sua carreira. “Infected” é um disco diferente e agradável. Claro, nuances clichês sempre foram marca registrada da banda, mas é aquele clichê que você tem a certeza que nunca irá enjoar.
Lançado em 2011, “Infected” mostra uma produção simples mas de grande qualidade, tanto em letras, capa (que é bem fora do usual da banda, mas não pecaram em nada) e também a parte instrumental, que sempre consegue se superar e criar uma sincronia perfeita. Joacim Cans mostra uma versatilidade vocálica maior, executando excelentes variações. Oscar Dronjak e Pontus Norgren mostram um peso maior nos riffs e também bastante criatividade nos solos. Algo que agrada e muito são as rítmicas aqui impostas. A cozinha de Fredrik Larsson e Anders Johansson continua bem usual, no “arroz com feijão” sem muitas variações aparentes.
As 11 faixas aqui apresentadas seguiram à risca a proposta da honestidade que o trabalho nos passa. O disco abre com a interessante “Patient Zero”, que fez jus ao abrir o disco. Bem direta e bem Heavy Metal, diferente de “Bang Your Head”, que nos apresenta um Power Metal bem poderoso e com riffs que grudam na mente. “One More Time” se inicia com um riff pesado e intenso, com um ritmo mais sincopado e um refrão excelente. Ótima música.
Remetendo à fase inicial da carreira da banda, onde os excelentes “Glory to the Brave” e “Renegade” hoje são clássicos, “The Outlaw” e “Send Me a Sign” são dois petardos que se encaixariam facilmente em ambos os discos. “Dia de Los Muertos” é empolgante e a que mais se diferencia das demais. Joacim gasta bem suas pregas vocais com uma ótima variação de tons. Música completamente perfeita do início ao fim. “I Refuse” tem um baixo bem destacado e bem executado e mostra uma pegada Hard/Heavy bem pomposa, chega a ser sombria em alguns pontos. Mais uma boa sacada dos caras.
O disco em si mostra algo diferenciado que a banda conseguira fazer e mostrar para os fãs da banda e também do estilo que pode se inovar sem exagerar nos detalhes, deixando assim um disco bom de se ouvir e de fácil assimilação. O tempo ainda é curto para dizer que já é um clássico indispensável da banda, mas com certeza o tornará em breve.
Formação:
Joacim Cans (vocal);
Oscar Dronjak (guitarra);
Pontus Norgren (guitarra);
Fredrik Larsson (baixo);
Anders Johansson (bateria).
Músicas:
01 – Patient Zero
02 – B.Y.H.
03 – One More Time
04 – Outlaw
05 – Send Me A Sign
06 – Dia De Los Muertos
07 – I Refuse
08 – 666 – The Enemy Within
09 – Immortalized
10 – Let’s Get It On
11 – Redemption
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8/10