Após fugir um pouco do tradicionalismo dos álbuns tradicionais épicos, com The Last Supper (2005), os alemães do Grave Digger voltam, dois anos depois, à temática, abordando sobre lutas pela liberdade e do tumulto associado à guerra, com o álbum Liberty of Death (2007).
E diante algumas reações negativas dos fãs mais ortodoxos da banda surgida nos anos 80, aparentemente o grupo deu mais intensidade neste trabalho, pois todas as faixas foram gravadas em cerca de um ano.
E o resultado é que o 13º álbum de estúdio do Grave Digger segue a proposta principal do heavy metal alemão, com riffs épicos, som vigoroso e o marcante vocal característico do seu líder, Chris Botendahl.
O álbum já começa com a faixa-título, que tem uma bela introdução com órgão, dando um clima misterioso do que está por vir. A guitarra segue, quebrando para um som épico, com boas pssagens de teclados. Todavia, mostra-se um pouco confusa à primeira escuta.
Mas Ocean of Blood já se mostra diferente, com um ótimo power metal que te faz bater cabeça. E claro, com um refrão em coro, dando força à faixa.
Higland Tears já inicia com uma gaita escocesa, associando ao nome da faixa, que fala das Terras altas da Escócia e o período da guerra de sua independência. A música épica tem linhas vocais memoráveis.
The Terrible One destaca o vocal agressivo de Boltendahl, que contribui para o peso da faixa, com guitarras que se destacam pelo vigor.
Until The Last King Died mais uma vez quebra o clima épico, em uma canção mais lenta e pesada, que alguns momento destoam da obra, podendo ficar novamente confuso para o ouvinte.
March of The Innocent começa com uma bonita passagem de violão, logo quebrada pelo peso das guitarras, com sonoridade que representa marchas entoadas pleos soldados em guerra.
O álbum caminha para o final sem grandes variações do peso de riffs elaborados com refrões marcantes, com destaque para Shadowland, seguindo coma bateria mais power metal e um elaborado solo.
E mais uma vez o álbum dividiu opiniões, pois muitos acharam o resultado satisfatório, enquanto outros reclamaram de falta de criatividade e inovação por parte a banda.
Este pode não ser o melhor trabalho do Grave Digger, mas a sua escuta passa longe de ser uma experiência ruim. Divergências à parte, o Grave Digger conseguiu reproduzir em “Liberty Or Death” todo o clima de guerra, falando sobre desespero, drama e dor, e também os sabores da vitória e derrota vivida nas batalhas.

Grave Digger – Liberty Or Death
Lançamento – 15 de janeiro de 2007
Gravadora – Locomotive Records.
Formação
Chris Boltendahl – Vocais
Manni Schmidt – Guitarras
Jens Becker – Baixo
Stefan Arnold – Bateria
HP Katzenburg – Teclados
Tracklist
1 – Liberty or Death
2 – Ocean of Blood
3 – Highland Tears
4 – The Terrible One
5 – Until the Last King Died
6 – March of the Innocent
7 – Silent Revolution
8 – Shadowland
9 – Forecourt to Hell
10 – Massada
11 – Ship of Hope