O Roadie Metal Cronologia de hoje irá falar de Excalibur, o nono álbum da banda alemã de Power Metal Grave Digger!
Assim como o Grave Digger, o Power Metal, popularmente conhecido como “metal espadinha”, nasceu na Alemanha na década de 80 , sendo da mesma época que Helloween praticamente. E o álbum “Excalibur” carrega como principal temática o Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda.
O disco abre com a introdução “The Secrets of Merlin“, bem calma com toques celtas. “Pendragon”, chega fazendo desde o primeiro segundo o ouvinte sentir como se estivesse montado num cavalo num campo de batalha, segurando uma espada ensanguentada depois de ter derrotado todos os seus inimigos! É uma das músicas mais marcantes do disco, e bem característica, e conta com a gaita de foles para dar o ar medieval que todos esperam ouvir.
A faixa seguinte é “Excalibur“, que segue sendo como uma extensão de “Pendragon“, que na minha opinião, definem bem o objetivo do álbum, e a ideologia da banda.
“The Round Table (Forever)”, como o próprio nome já diz, conta a história dos Cavaleiros da Távola Redonda, e passa a ideia de ser um “hino”, pois remete a todos os ideais que conhecemos sobre essa história, de honestidade, bravura, ousadia. O refrão reforça essa ideia:
“Together we stand
Steel in our hands
Fighting forever
Forever we stand”
“Morgane Le Fay” é uma das mais clássicas do Grave Digger, e conta a história da meia-irmã do Rei Arthur, o refrão dela é mais “calmo”, e lembra MUITO Blind Guardian. A faixa “The Spell” também segue na mesma linha, e têm umas passagens meio hard rock, e riffs de guitarra bem melódicos.
“Tristan’s Fate” vem trazendo de volta o peso que as duas anteriores deixou se perder. “Lancelot” é mais cadenciada e ganha destaque pelo vocal mais variado e guitarra mais heavy metal, se diferenciando das outras músicas do disco.
As faixas “Mordred’s Song” e “The Final War” apresentam as mesmas características, sempre no limiar entre o speed metal e metal “sinfônico”, com um instrumental muito rápido se nivelando com passagens de voz melódicas e toques celtas.
O disco encerra com duas músicas bem mais tranquilas, “Emerald Eyes” é bem baixo astral, conta sobre a morte do Rei Arthur, e tem todo aquele clima atmosférico e com um instrumental bem orquestrado com teclado. “Avalon” é realmente MUITO parecida com os primeiros EPs do Tuatha de Dannan, no qual eu creio que essa seja uma das influências deles.
Minha nota para o disco é 9, pois a banda se manteve fiel á ideia proposta do início ao fim. O disco conta a história de uma batalha, e narra ela muito bem desde o começo com músicas extremamente fortes e marcantes, com letras falando sobre alguns personagens importantes da época, até o finalizar do álbum, com músicas cadenciadas…mas profundas, fazendo você sentir que a batalha realmente já acabou.
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9/10