Back on the Streets (1978) é o primeiro álbum da carreira solo do músico Gary Moore. Na foto deste trabalho o músico é retratado saindo da prisão de Wormwood Scrubs do bairro Hammersmith and Fulham, em Londres.

O trabalho conta com oito faixas lançadas. A ideia de retomar sua carreira solo veio quando estava nos preparativos para a gravação do álbum Black Rose (1979) do Thin Lizzy. Talvez tenha sido justamente esta mudança brusca e repentina que deixara o primeiro trabalho do músico meio confuso e sem forma definida ainda.

É notável que ele já era um grande músico, porém com ideias muito soltas e dispersas, é como se não soubesse ainda qual caminho pretendia seguir na sua carreira, fazendo com que o trabalho parecesse uma coletânea de faixas soltas que não conversavam entre si e foram compiladas em um mesmo disco. O músico aqui ainda não havia encontrado sua sonoridade.

O trabalho recebe influências do Hard Rock setentista, mas também apresenta sonoridade de Blues Rock e de Jazz Rock, chegando até a alguns elementos de Rock Progressivo em alguns momentos. As linhas instrumentais da guitarra já são bem elaboradas, porém acabam não soando como deveriam tendo em vista esta sonoridade confusa do trabalho.

Hoje sabemos que em trabalhos posteriores o músico conseguiu encontrar sua sonoridade, porém é fato que no primeiro disco ele ainda não a havia encontrado. Sendo assim, quem ouviu o trabalho na época e sabia do que o músico era capaz não ficou plenamente satisfeito com o que foi lançado, mas sabia que poderia vir algo melhor nos trabalhos futuros.

Ao ouvir a primeira faixa do disco, você imagina que o trabalho vai seguir uma linha mais Hard Rock. Mas como já disse, o trabalho aparenta sem forma definida e um tanto confuso, transitando por várias sonoridades e tornando-se indefinido. Mesmo assim, é inegável dizer que a primeira faixa é muito boa e que aqui Gary Morre havia encontrado uma boa linha para seguir seu trabalho.

As linhas de guitarra de Back On The Streets são muito bem feitas e a faixa apresenta bem aquele Hard Rock onde o músico consegue mostrar sua técnica; desde sua introdução notamos a técnica de Moore sendo despontada. A segunda faixa é a Don’t Believe A Word onde o músico já apresenta uma sonoridade Blues Rock que consegue apresentar outra vertente musical onde ele já consegue transitar muito bem com solos e arranjos de guitarra interessantes, mostrando sua guitarra com a angústia que o Blues traz.

Outra faixa que merece destaque é a terceira Fanatical Fascists, retomando um pouco da sonoridade do Hard Rock que a primeira faixa trouxe também, porém sendo mais direta e com menos linhas trabalhadas de guitarra. Esta faixa lembra um pouco de The Who em sua característica.

Gary Moore – Back On The Streets
Data de Lançamento: 30/09/1978
Gravadora: Jet Records

Tacklist

01. Back On The Streets
02. Don’t Believe A Word
03. Fanatical Fascists
04. Flight Of The Snow Moose
05. Hurricane
06. Song For Donna
07. What Would You Rather Bee Or A Wasp
08. Parisienne Walkways

Formação

Gary Moore – guitarras, vocal principal, baixo na faixa 1, sintetizador de guitarra, bandolim e acordeão na faixa 8, produtor
Phil Lynot – baixo nas faixas 2, 3, 8-12, contrabaixo na faixa 8, violão na faixa 3, vocais nas faixas 2, 8 e 10, backing vocals nas faixas 1 e 3
Don Airey – teclados, órgão, piano nas faixas 1, 4-7
John Mole – baixo nas faixas 4 a 7
Brian Downey – bateria, percussão nas faixas 2, 3, 8-12
Simon Phillips – bateria, percussão nas faixas 1, 4-7

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