Roadie Metal Cronologia: Foo Fighters – The Colour and the Shape (1997)

Depois da morte de Kurt Cobain, muitos pensavam que era simplesmente o fim de uma banda, ou um novo vocalista que podia ali surgir para substituí-lo, o que seria habitual. Mas o fato é que Dave Grohl não queria abandonar seus talentos musicais, nem desistir de ter uma banda. Então depois de gravar e sair em turnê com seu primeiro disco ‘Foo Fighters’, ele praticamente tocava todos os instrumentos sozinhos (na gravação) e ficou a tentar ajustar os membros do grupo, ainda com alguma busca pela perfeição.

Seu maior desafio era encontrar um baterista à sua altura. Foi então que ele grava o ” The Colour e the Shape”, um disco finalmente feito com uma banda apropriada, que incluía o guitarrista Pat Smear, do The Germs, o baixista Nate Mendel do Sunny Day Real Estate e o baterista William Goldsmith, que deixou Grohl sair de trás da bateria, durante as apresentações ao vivo.

A verdade é que o Foo Fighters tornou-se um fenômeno, sendo realmente abraçado pela crítica com uma banda MELHOR que o Nirvana, embora esta última banda tenha alguns grandes sucessos.  E o grande esforço de Grohl fez com que tudo isso fosse possível. Palmas para este artista. Foi então que a partir deste álbum, que as músicas ficaram mais introspectivas e foram moldando seu estilo numa época de transições do final da década de 90.

A faixa “Doll” começa com uma introdução no estilo demo, bem curtinha, levando ao Pop Rock de “Monkey Wrench” e uma abordagem nítida do seu estilo através dos versos e um pouco mais de coros tipicos. Em “Hey, Johnny Park!”, Grohl demonstrou suas habilidades vocais, enquanto Norton (produtor, Gil Norton) ainda usa algumas técnicas de produção criativas durante os refrões totalmente organizados, mas não em detrimento da melodia geral. Essa música ganhou o título do amigo de infância de Grohl.

My Poor Brain” apresenta um contraste realmente criativo, entre os versos suaves e animados e os refrões furiosos e desequilibrados, e isso é especialmente percebido nos estilos vocais contrastantes. “Wind Up” é uma faixa pesada de Rock Alternativo sobre a imprensa musical, enquanto “Up in Arms” é concisa e suave com o baixo refinado tocado por Mendel. O hino “My Hero” começa com um padrão de bateria rico e mecânico; com baixo, ritmo e guitarras cadenciadas antes do primeiro verso. O grande gancho vocal e refrão, fazem parte de uma das maiores características do final dos anos noventa, enquanto Grohl afirmou que este tema majestoso é realmente sobre pessoas comuns que ele conheceu durante sua vida.

A divertida e sonoramente agradável “See You” é uma faixa acústica típica e animada, e, é seguida por “Enough Space”, com baixo pesado distorcido, guitarras estridentes e bateria potente na introdução. A melancólica “February Stars” é uma espécie de balada meio “emo”, mas sem grandes revelações.

Talvez o destaque geral do álbum seja “Everlong” que apresenta um som que é ao mesmo tempo suave e denso, além de apresentar uma boa melodia e letra romântica, dedicadas à uma antiga paixão de Grohl.

Walking After You” tem uma abordagem acústica, calma, quase country, com um pouco de percussão descontraída e efeitos sonoros. “New Way Home” fecha o disco como um Rock’n’Roll agradável e otimista que resume tudo que este disco representa.

The Color and the Shape foi sucesso em todo o mundo, alcançando o Top 10 em sete países, incluindo os Estados Unidos e alcançando dois discos de platina por suas vendas. Sua chegada em 1997 ocorreu no momento em que a era Grunge começou a dar lugar ao Pop Rock mais pesado do final dos anos 90, o que tornou isso oportuno e importante para a tendência musical que viria nos anos 2000.

Formação:
Dave Grohl (vocal, guitarra e bateria);
Pat Smear (guitarra e vocal de apoio);
Nate Mendel (baixo).

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