O Foo Fighters tem em seu frontman grande parte do sucesso. Não que os outros caras não sejam bons no que fazem, mas a banda, para mim, é um som que não está dentro dos meus constantes set list. Gosto das músicas mais famosas e uma ou outra diferente que eles lançam, mas não costumo acompanhar integralmente o trabalho deles. Mas, a grande vantagem do quadro Roadie Metal Cronologia é te “forçar” a ouvir o disco inteiro para criar a resenha. E é nestas audições que você acaba descobrindo nuances da banda que não havia percebido.
‘Sonic Highways’ é o oitavo disco do Foo Fighters e um dos mais experimentais. Literalmente, experimentaram oito estúdios lendários estadunidenses, trouxeram criações e grooves diferentes para algumas faixas, mas claro, sem perder a pegada Punk/Alternative Rock que possuem.
As faixas são bem distribuídas musicalmente. A primeira e a segunda track do trabalho é bastante diferente do que se costuma ouvir de Foo Fighters – “Something From Nothing” e “The Feast and the Famine”. Já “Congregation” tem uma levada que os fãs estão mais acostumados: melodia, explosão e refrões gritados, fortes e altamente viciantes.
“What Did I Do, God as My Witness” é a quarta música do álbum e nada lembra o Foo Fighters que estamos acostumados. Ela foge da proposta simplista de refrões fáceis e vendáveis. Não que seja ruim, mas não tem a cara de Foo Fighters mesmo. Contudo, dentro da proposta do disco, é bem bacana. “Outside” vem na sequência com uma proposta que lembra o Foo Fighters bem no começo de carreira – uma experimentação e tanto.
Para fechar temos “In The Clear”, “Subterranean” e “I am a River”. “In The Clear” é a clássica balada ‘Foo Fighteriana’ e que ganha um toque especial com a participação da Preservation Hall Jazz Band. É uma grande música. Aí vem o desastre do disco, a preguiça musical de “Subterranean” que nem vale o esforço de ser comentada aqui. Em “I am a River”, desceu o espirito do Coldplay no Dave Grohl. Uma música que tem uma crescente bacana, mais de sete minutos e que, realmente, não tem a cara do Foo Fighters. As duas últimas faixas poderiam ser cortadas. Ou gravadas por outra banda.
No geral, o disco é bem interessante, mas foge bastante do que se está acostumado ao ouvir do Foo Fighters, mesmo para um ouvinte mais superficial, como este que vos escreve.
Formação:
Dave Grohl (vocal e guitarra);
Taylor Hawkins (bateria e vocal de apoio);
Chris Shiflett (guitarra);
Nate Mendel (baixo);
Pat Smear (guitarra).