Roadie Metal Cronologia: Edguy – The Savage Poetry (2000)

Edguy é um nome que já esteve em bastante evidência há alguns anos, atraindo um considerável público, principalmente aqui no Brasil. Com Tobias Sammet voltando a maior parte das suas atenções ao Avantasia (que cá entre nós: de projeto secundário, acabou por se tornar o principal), a banda acabou perdendo um pouco de sua intensidade ao longo dos últimos lançamentos, até que o botão “hiato” foi acionado. Seja como for, voltemos no tempo onde uma jovem banda lutava disco após disco para conquistar seu espaço em um concorrido e efervescente cenário europeu do Power/Melodic Metal.

Sendo uma regravação luxuosa de “Savage Poetry” (1995) – que divide opiniões quando o assunto é ter sido o primeiro álbum ou não -, “The Savage Poetry” (repare no “The”) saiu em 25 de junho de 2000 pela AFM Records e ganhou uma bela arte de capa, assinada por J.P. Fournier. Não é preciso dizer sobre a superior qualidade de gravação, produção e desempenho dos músicos – fruto da experiência! Como curiosidade, apenas as três primeiras faixas foram trocadas de posição entre si, sendo que a partir da quarta a diante, seguiram a ordem do tracklist original.

Com “Hallowed” o álbum começa relativamente bem, apresentando momentos cadenciados muito bons, mas que também pecou por não a ter mantido exclusivamente assim, inserindo algumas passagens mais pomposas e chatas. Já em “Misguiding Your Life” o tempero é acertado e a velocidade rola sem pudor, com momentos mais agressivos e nada de muita “felicidade saltitante” ou pompa.

“Key to My Fate” é para aqueles que adoram diversidade, indo de um refrão forte até passagens um pouco mais velozes – e sim, uma das que mais curti! Falando em diversidade, algo que torra a paciência é aquele tipo de trabalho onde essa dádiva não existe, entretanto, é interessante notar que faixa após faixa, isso realmente não é o problema em ‘The Savage Poetry’! Aliás, tanto, que se você estava com vontade de ouvir uma balada conduzida por piano, “Sands of Time” é a pedida ideal, sendo inclusive (ainda que não proposital, eu suponho) uma pequena amostra do que viria pela frente, com o Avantasia.

Bom, o lance da balada foi só para dar uma tranqüilizada nos nervos mesmo, já que a Speed “Sacred Hell” faz novamente os ânimos se exaltarem. Ah, e vale o destaque especial para o baterista Felix Bohnke, que sabe como conduzir uma seção direta e rápida. Não se assuste com os dez minutos de “Eyes of the Tyrant”, pois passam em um piscar de olhos (e não deixe de prestar a atenção no solo de baixo que começa em 5:58 e no delicado arranjo de violão que encerra a faixa). É preciso ter coragem para emendar duas faixas mais longas na sequência, mas “Frozen Candle” mostra que isso não é nenhum problema quando a composição é boa, ainda mais com uma pegada bem Heavy Metal!

Chegando na reta final, nos deparamos com “Roses to No One” (que me lembrou um pouquinho “The Ballad of Mary (Queen of Scots)”, do Grave Digger…) e “Power and Majesty”, que com um título desses e uma levada mais cavalgada (para não dizer “ironmaidiana”), nem preciso esclarecer muita coisa, além de ser mais uma composição de respeito em mais um álbum que me surpreendeu positivamente!

Formação:
Tobias Sammet (vocal e teclado)
Jens Ludwig (guitarra)
Dirk Sauer (guitarra)
Tobias Exxel (baixo)
Felix Bohnke (bateria)

Faixas:
01. Hallowed
02. Misguiding Your Life
03. Key to My Fate
04. Sands of Time
05. Sacred Hell
06. Eyes of the Tyrant
07. Frozen Candle
08. Roses to No One
09. Power and Majesty.

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