O Segundo trabalho da Dorsal Atlântica veio com mais maturidade e consistência, não que o primeiro não tenha ambos, mas este mostrou um nova “roupagem” no que fora iniciado. Dividir e Conquistar surgiu em 1988, que logo de cara parece que não ouve uma aceitação positiva, mas com o passar dos anos mostrou-se um álbum íntegro e digno de se tornar um dos clássicos do Metal Nacional.
O Thrash Metal que a banda impôs neste disco, já mostra uma grande maturidade com relação ao anterior (álbum clássico e respeitado da banda). Aqui se mostra um belo trabalho em letras e também na parte instrumental com peso, agressividade e um som bem cru, sem esbanjar de técnica mas tudo feito na raça. O bom trabalho dos baixo e riffs são destaques primordiais, além de todas as letras serem em português, algo que sempre marcou a trajetória da Dorsal.
Assim como as faixas, o disco é curto, bem direto. Iniciando com a curta e agressiva “Tortura”, já mostram uma diferença sim com relação ao álbum anterior, há quem não concorde com isso, mas a banda sempre procurou amadurecer e evoluir. “Vitória” é uma faixa mais trabalhada, com riffs mais técnicos e um solo curto e interessante, a letra é interessante e se encaixou bem com a proposta da melodia.
Uma faixa interessante e com uma pegada diferente, “Violência Real” mostra-se em uma pegada mais Heavy Metal de início e mais densa que as outras, merece uma atenção especial. “Metal Desunido” tem um bom destaque para as linhas de baixo, dando muito peso a cozinha que é aplicada com mais técnica e “Lucrecia Borgia” leva a mesma pegada.
Finalizando o disco com “Morador das Ruas” e “Preso ao Passado”, com letras que se baseiam como forma de protesto, a Dorsal procurou, desde o início mostrar sua identidade, seu próprio estilo de maneira honrosa e honesta, sempre respeitando aquilo que deram vida. Se ainda não deu atenção a este petardo, está na hora.
Músicas:
- Tortura
- Vitória
- Violência É Real
- Metal Desunido
- Lucrécia Borgia
- Morador Das Ruas
- Velhice
- Preso Ao Passado
Banda:
- Carlos “Vândalo” – guitarra, vocal
- Cláudio “Cro-Magnon” – baixo
- Hardcore – bateria
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8/10