E então aquela banda icônica havia parado suas atividades desde os anos 2000, muita gente se perguntava se ainda haveria espaço para eles, fãs e bandas atuais do Metal clamavam pela volta de sua referência…
E Então a surpresa, Carlos Lopes o líder do Dorsal anuncia uma provável volta, mas para isso ele teria de provar se a força do Dorsal ainda permanecia o que foi constatado com o lançamento de “2012” um trabalho gravado a partir do sistema “Crowdfunding” cuja meta para que o CD fosse gravado foi alcançada em pouco tempo, mostrando a força e importância da banda.
E então 12 anos depois eis que surge o Dorsal com sua formação original para delírio da nação Atlântica!
2012 é tudo que os fãs esperavam de uma volta por cima do Dorsal, sua identidade intacta, voltando a cantar em português num trabalho que revisita a sonoridade oitentista, as letras bem sacadas em português a mistura de Thrash, Speed e Hardcore com a roupagem característica da banda!
“Meu filho me vingará” e “Stalingrado” nos remetem aos tempos de “Antes do fim”, faixas rápidas e urgentes ja garantem a moral do disco logo de cara!
“A Invasão do Brasil” começa cadenciada para diluir-se num Crossover quebra pescoço e a técnica de Carlos, intacta, superior e desconcertante! “Eu Minto, Todo mundo Mente” segue a mesma levada numa letra bem sacada de Carlos e o velho batera “Hardcore” mostrando que não voltou à toa”!
“Colonizado/Entreguista” e “Corrupto Corruptor” são um soco na cara da sociedade, típica abordagem das letras soco na cara do Dorsal para o que o Brasil se tornou, a segunda trazendo um dos riffs mais bacanas da história da banda!
“168 BPM”é a brincadeira acústica que abre caminho para “Contenda” mais um letra irrepreensível de Carlos em um tema cadenciado num convite para agitar nos shows e aqui percebemos que a abordagem e interpretação de Carlos ficaram ainda mais refinadas com os anos, com peso, ataque e claramente mais limpa.
“Comissão da Verdade” fala dos desaparecidos da ditadura e traz uma brincadeira com nossa ex-presidente que dizia-se contra a ditadura mas apoiava sequestro, violência e morte contra seus opositores, um tapa na cara que poucas bandas tem moral pra dar, e o Dorsal têm!
“Operação Brother Sam” mais uma faixa repleta de mistura de estilo bem orquestrada, belas sacadas da letra, onde Carlos reina absoluto com sua guitarra! “Jango Goulart” traz aquela dose extra de peso em bases cadenciadas na melhor mistura entre o Metal e o Hardcore que a banda construiu em seus últimos trabalhos!
Fechando temos “Imortais” um hino de ode aos verdadeiros fãs do Dorsal que tornaram não só esta volta possível, mas que possibilitaram à banda escrever seu importante lugar na história do Metal Brasileiro! Matador!
Um volta por cima de um dos maiores nomes que o Metal conheceu!
Faixas:
1-Meu filho me vingará
2-Stalingrado
3-A invasão do Brasil
4-Eu minto, todo mundo mente
5- Colonizado/entreguista
6-Corrupto corruptor
7-168 BPM
8-Contenda
9-Comissão da verdade
10- Operação Brother Sam
11-Jango Goulart
12-Imortais
Dorsal Atlântica é:
Carlos Lopes: Vocais, Guitarras
Claudio Lopes: Baixo
Toninho Hardcore: Bateria
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8/10