Roadie Metal Cronologia: Def Leppard – Slang (1996)

Me ligo muito no Hard Rock, Heavy Metal e porque não dizer, Glam Metal praticado pelo Def Leppard no início de carreira. Considero On Through the Night (1980), High’n’ Dry (1981) e Pyromania (1983) a “santíssima trindade” da banda, álbuns irretocáveis.

Já em Hysteria (1987) e Adrenalize (1992) a sonoridade sofre sérias mudanças, até pelo fato do acidente de Rick Allen, que acabou perdendo um braço. Mesmo assim são álbuns bons de se ouvir, mas em Slang (1996) e que a coisa começa a ficar feia. Lembro bem do lançamento deste disco, e da expectativa, pois os caras não lançavam nada inédito há quatro anos.

Esse sexto álbum de estúdio, lançado em 14 de maio de 1996 marcou uma mudança radical; foi produzido pela banda com Pete Woodroffe e foi o primeiro álbum desde 1980 a não ser produzido por Robert John “Mutt” Lange. Slang é o primeiro álbum com material novo a apresentar o novo guitarrista Vivian Campbell (Campbell já havia tocado na coleção B-side Retro Active em 1993 e na nova música no disco Vault um ano antes). Além de tudo isso é o único álbum do Def Leppard que não apresenta o logotipo da fonte reconhecível na capa do álbum, para os fãs, seria a mesma coisa que, por exemplo, em uma capa de disco do Iron Maiden a gente se deparar com outra fonte de letra.

Nos anos anteriores a esse álbum, o Def Leppard enfrentou dificuldades, incluindo o divórcio do guitarrista Phil Collen com a atriz Jacqueline Collen, a batalha do baixista Rick Savage com a morte de seu pai, e as prisões do baterista Rick Allen e do vocalista Joe Elliott por abuso e agressão conjugal, respectivamente.

Embora a banda diga que o disco Adrenalize foi gravado em um período mais sombrio, a ausência de Mutt Lange (pela primeira vez em um álbum do Def Leppard desde 1980) tornou possível para a banda mostrar o que eles realmente estavam sentindo.

Músicas como “Turn to Dust” introduziram Sarangi, um instrumento de cordas curvadas e de pescoço curto do subcontinente indiano, e outros instrumentos atípicos para a banda. O conteúdo lírico apresentava uma virada mais sombria e introspectiva na maior parte do disco.

Um álbum bem infeliz da banda, que com muito custo ainda consegue ter poucas canções de destaque, que em minha opinião são: “All I Want Is Everything”, “Deliver Me”, “Gift of Flesh” e “Pearl of Euphoria”.

Minha dica é: se você não conhece Def Leppard ou mesmo nunca ouvia nada dos caras, não comece por esse álbum.