The Art of Dying é o quarto álbum de estúdio da banda norte-americana de Thrash Metal chamada Death Angel, lançado oficialmente em 2004 e que marcou o retorno da banda californiana às gravações depois de 14 anos sem um trabalho de músicas inéditas.

A formação da banda no álbum contou com Mark Osegueda nos vocais, Rob Cavestany na guitarra e vocais de apoio, Ted Aguilar na guitarra, Dennis Pepa no baixo e nos vocais de apoio e Andy Galeon na bateria e vocais de apoio. A produção ficou por conta de Brian Joseph Dobbs e a gravadora foi a Nuclear Blast.

The Art of Dying (2004) vendeu cerca de 2.100 cópias em sua primeira semana nos EUA. A ideia do nome e do conceito do álbum foi trazida pelo baterista Andy Galeon que, após assistir a uma entrevista do lendário Bruce Lee onde ele dizia que leu em um livro tibetano chamado Livro Tibetano dos Mortos. Este livro descrevia o caminho escolhido pelo ser humano em sua vida e a maneira como muitos definem suas escolhas seria a tal arte de morrer, tendo em vista que é o fim certo de todos nós. Alguns optam por viver intensamente, porém a maioria prefere uma vida mórbida com uma morte lenta. Enfim, a Arte de Morrer seria basicamente a forma que as pessoas tratam sua vida determina qual será seu destino.

O álbum mesmo sendo lançado 14 anos após o anterior, ainda mantém a raiz da banda firme em suas músicas. A voz rasgada, agressiva e cheia de drives usada por Mark Osegueda é o carro chefe da sonoridade da banda.

Death Angel voltou com este trabalho e deixou clara sua importância na cena do Thrash Metal, assim como Testament e Exodus.

O álbum apresenta uma sonoridade bem honesta e condizente com a proposta de trabalho. Se não surpreende aos ouvintes, ele está pelo menos longe de decepcionar, fazendo um bom trabalho, com instrumentos conversando bem entre si, com boas melodias, boa agressividade, bons solos de guitarra e boa bateria, utilizando velocidade e muito pedal duplo.

A primeira faixa, Thrown to the Wolves, tem início com uma introdução calma e instrumental, que pouco tem a ver com o trabalho que será apresentado. Mas, em seguida, a faixa traz um peso maior, com vocais intensos e agressividade, sendo um ótimo cartão de visitas para quem espera um som de primeira.

A segunda faixa, 5 Stepes of Freedom, já apresenta uma cadencia diferente, tendo fortes influências de riffs do Hard Rock. Com o decorrer da faixa, a voz agressiva e intensa de Mark deixa clara que o álbum é de Metal, é agressivo e intenso.

Já em Thicker Than Blood temos uma bateria mais acelerada, com boas doses de um Hardcore mais intenso e direto.

As nuances de The Devil Incarnate merecem ser destacadas: a música vai se transformando dentro dela mesma e atravessa por várias formas, até terminar de forma intensa, com um solo bem melódico e sendo encerrada de forma seca. Sem dúvida uma das melhores do álbum.

Outra faixa que merece destaque é a Land of Blood: mesmo sendo mais curta que as outras, deixa seu recado de forma direta. A faixa começa com o baixo mercado e intense, depois a faixa ganha velocidade, com novamente referências ao Hardcore, porém com um solo de guitarra bem melódico e intenso. As pausas da música são bem trabalhadas e distribuídas.

O álbum em si é muito bem trabalhado e honesto: os instrumentos conversam bem entre si e, juntos das vozes, apresentam um trabalho bem intenso e cheio de boas referências. Quem esperou 14 anos para ouvir algo inédito da banda certamente não se arrependeu e quem conheceu a banda a partir deste disco com certeza gostou do Thrash Metal de qualidade que ouviu.

Death Angel – The Art of Dying
Data de lançamento: 27 de abril de 2004
Gravadora: Nuclear Blast

Tracklist:
01 – Thrown to the Wolves
02 – 5 Stepes of Freedom
03 – Thicker Than Blood
04 – The Devil Incarnate
05 – Famine
06 – Prophecy
07 – No
08 – Spirit
09 – Land of Blood
10 – Never Me
11 – Word to the Wise

Formação:
– Mark Osegueda (vocal)
– Rob Cavestany (guitarra)
– Ted Aguilar (guitarra)
– Dennis Pepa (baixo)
– Andy Galeon (bateria)