A banda sueca Dark Tranquillity é uma das maiores representantes do que se convencionou a chamar de “Gottemburg Sound”, e conseguiu através da qualidade de sua música uma carreira sólida, sempre atraindo mais seguidores e dividindo a opinião dos fãs. Evoluindo a cada álbum, a banda chegou ao final dos anos 90 com seu quarto disco oficial, que saiu em 10 de agosto de 1999 pela Century Media.

Sob o título “Projector”, o álbum apresentou uma musicalidade experimental em seu Death Metal Melódico, e causou espanto pelos novos elementos, como o uso de bastante vocais limpos e nuances “melancólicas” que se aproximam do Gothic (as faixas “Undo Control”, que conta com os vocais de Johanna Andersson, e “Auctioned” são alguns bons exemplos, caso você ainda não tenha escutado o disco).

É difícil saber com precisão o que uma banda realmente pretende fazer com sua música ao longo dos lançamentos, mas o recomendável é se ouvir com calma o material diferenciado lançado, como é o caso do Dark Tranquillity com este “Projector”. Analisando friamente, os músicos de maneira alguma decepcionaram em suas performances muito bem executadas e as composições não podem ser tachadas como ruins, ou mesmo a qualidade de produção deve ser desmerecida, pois apesar dos experimentalismos gritantes o álbum ainda pode chegar a surpreender, o mínimo possível.

Ainda em tempo, a velocidade foi bem reduzida, e para se ter uma ideia, sinais desse detalhe aparecem com alguma nitidez nas faixas “Freecard”, que inicia o trabalho, “The Sun Fired Blanks”, já com uma pegada mais próxima do som habitual dos suecos, e em alguns momentos de “On Your Time”, que encerra o tracklist oficial, com o dualismo entre riffs rápidos e dedilhados, e vocais guturais e limpos.

“Projector” foi relançado em 2008 – pela mesma gravadora – remasterizado, com uma nova arte de capa no slipcase e contando com quatro bônus (sendo uma a versão ao vivo de “Therein”), que também merecem uma boa audição: “Asleep in the Bandaged Light” (Instrumental), “No One” e o destaque “Exposure”.

Ao contrário do que se possa imaginar com uma empreitada ousada dessa, a banda não encerrou suas atividades, mas seguiu em frente e até hoje atua no cenário, de cabeça erguida. Apenas ouça e tire suas próprias conclusões!

Formação:
Mikael Stanne – vocal
Niklas Sundin – guitarra e arte de capa
Michael Nicklasson – guitarra
Martin Henriksson – baixo
Anders Jivarp – bateria

Participação Especial:
Johanna Andersson – vocal

Faixas:
01. Freecard
02. Thereln
03. Undo Control
04. Auctioned
05. To a Bitter Halt
06. The Sun Fired Blanks
07. Nether Novas
08. Day to End
09. Dobermann
10. On Your Time

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