Aquela banda que dispensa comentários, talvez o maior nome do Doom Metal em atividade, o Candlemass apresentou em 2009 o seu décimo álbum da carreira, “Death Magic Doom“, sendo o segundo com o ótimo vocalista Robert Lowe (Solitude Aeternus). Esse álbum mostrou definitivamente uma participação mais sólida do vocalista, que ainda se adaptava ao estilo da banda em “King of the Grey Islands” (2007).

O Play tem grandes hinos épicos de Doom, com muitas pegadas do Heavy Metal, e assim exatamente começa a primeira faixa “If I Ever Die“, faixa feita pra bater cabeça, com grande performance da bateria. Isso não é tão comum na banda, o que poderia soar estranho para os fãs, mas é uma ótimo música de abertura.

Agora sim, no estilo Candlemass de ser, temos “Hammer Of Doom“, com aquele riff lento e arrepiante que deixa o clima soturno, como a tradição manda na banda. Um refrão super pegajoso faz a faixa se tornar maior do já é e grudar na cabeça.

The Bleeding Baroness” é menos cadenciada que a anterior, mas é espetacular. A quebrada de ritmo que tem antes do refrão é perfeita. Os vocais se tornam cada vez mais grandiosos e o solo é realmente de arrepiar. A alternância de riffs lentos e outros mais rápidos são marcantes, não só nessa faixa, mas no álbum todo. Trinca perfeita pra começar chutando bundas.

Demon Of The Deep” alterna em momentos limpos, com apenas um guitarra sem distorção acompanha os vocais, com outros onde o peso absurdo toma conta. Ótima faixa. Bebendo na fonte do Black Sabbath, como sempre, não que isso seja algo ruim, temos “House Of 1,000 Voices“, faixa arrastada com uma bela performance das guitarras, que dominam a faixa com perfeição, além de um refrão melódico super marcante.

A faixa mais curta do álbum é “Dead Angel“, mais rápida que as anteriores, mas menos marcante, tem um coro acompanhado os vocais principais no refrão, que não chegam a encantar. O que pode agradar é a performance da bateria de Jan Lindh, além dos ótimos solos.

Clouds Of Dementia” é meio termo, nem tão lenta, nem tão rápida. Conta com um ótimo trabalho nos pediais duplos, conta com solo magistrais, e Lowe dá um shows nos vocais.

Fechando o álbum, temos “My Funeral Dreams“, com sua intro limpa e soturna, com mais uma performance perfeita de Lowe. Esse é otipo de música que define muito bem o som da banda, pesada, com o tempo perfeito e refrão super marcante. Faixa excepcional pra fechar o álbum.

A mixagem de Chris Laney com certeza deixou tudo mais pesado, tudo é bastante audível e bem encaixado. Os guitarristas estão afiadíssimos como sempre, riffs marcantes e solos extremamente bem feitos. Aquele baixo pesado e característico de Leif Edling está presente pra dar mais peso ainda para as faixas, e a performance de Jan Lindh nas baquetas é ótima, dando à música o que ela precisa, cadencia e rapidez quando são necessárias.

Em “Death Magic Doom” tudo se tornou mais coeso, talvez pelo fato das composições serem feitas exatamente para a voz de Robert Lowe, que provou que era a voz perfeita para a banda naquele momento. Ouça sem dó esse Play, pois aqui temos uma das grandes performances do gênero.

Formação:
Robert Lowe (vocais);
Mats Björkman (guitarras);
Lars Johansson (guitarras);
Leif Edling (baixo);
Jan Lindh (bateria).

Faixas:
01 – If I Ever Die
02 – Hammer of Doom
03 – The Bleeding Baroness
04 – Demon of the Deep
05 – House of 1,000 Voices
06 – Dead Angel
07 – Clouds of Dementia
08 – My Funeral Dreams

https://open.spotify.com/user/zombyyyyy4/playlist/4GQZggTDcJoV7oCVkJUMm0

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