Cinco anos depois do lançamento derradeiro de “From the 13th Sun” (1999), o Candlemass retornou à ativa não só com um grande álbum, mas também com o clássico vocalista Messiah Marcolin, que havia deixado a banda em 1991.

Co-produzido pela própria banda, “Candlemass” foi lançado em 2005 pela Nuclear Blast. O trabalho resgata um dos maiores nomes do Doom Metal mundial com guitarras em extrema sinergia e um vocalista cujas credenciais já eram conhecidas pelos fãs da banda.

Na faixa de abertura do disco, “Black Dwarf”, a dupla de guitarristas Mappe Björkman e Lars Johansson já nos presenteia com bons riffs que dão muito peso e energia. Vale destacar também o vocalista Messiah Marcolin, que cumpre bem a sua função, principalmente no refrão.

Já “Seven Silver Keys” é Doom Metal até dizer chega. O andamento lento característico do estilo se faz mais presente a partir desta faixa, criando uma ambientação mais densa e que flui naturalmente sem ficar maçante, como às vezes pode acontecer. “Assassin of the Light” vem na sequência com uma base de guitarras extremamente pegajosa e o baterista Jan Lindh começa a aparecer um pouco mais durante a execução. Facilmente uma das melhores do álbum.

A climática “Copernicus” vem com uma pegada mais lenta que culmina em um refrão intenso. Mais uma vez os guitarristas Mappe Björkman e Lars Johansson se sobressaem com riffs arrastados e que criam a aura soturna que predomina na faixa inteira. A instrumental “The Man Who Fell from the Sky” mantém o bom nível do disco com mais riffs potentes e uma pegada um pouco viajante na parte final.

Prosseguindo, “Witches” é bem razoável, com bases mais grooveadas. A faixa tem um bom solo de guitarra e também outra boa performance do baterista Jan Lindh, que quando resolve aparecer o faz com muita competência. Porém o andamento em si não é tão interessante como as anteriores.

A empolgante “Born in a Tank” traz mais peso para o álbum e outro refrão muito bem composto, daqueles que pegam em cheio o ouvinte. “Spellbreaker” apresenta variações de andamento, com outro excelente momento de Jan Lindh à frente das baquetas. “The Day and the Night” finaliza o trabalho com outro bom refrão e mais um bom trabalho das guitarras ao longo dos quase nove minutos da faixa.

Com este autointitulado, o Candlemass mostra porque é uma das grandes bandas de Doom Metal. Transformar um estilo que preza pelo andamento arrastado em algo atrativo é coisa que só os mestres conseguem fazer.

Formação:
Messiah Marcolin – vocal
Mappe Björkman – guitarra
Lars Johansson – guitarra
Leif Edling – baixo
Jan Lindh – bateria

Convidado:
Carl Westholm – teclado

Faixas:
01. Black Dwarf
02. Seven Silver Keys
03. Assassin of the Light
04. Copernicus
05. The Man Who Fell from the Sky (instrumental)
06. Witches
07. Born in a Tank
08. Spellbreaker
09. The Day and the Night

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