O mundo do Black Metal ainda soa estranho para mim, não são todas as bandas que me agradam e é difícil ainda entender o porque de sua idolatria ser tão grande. Ainda que bandas com um apelo mais musical e melódico, como Behemoth, Belphegor e Immortal me despertem euforia, o estilo mais tradicional ainda causa um certo incômodo.
Com o Burzum não é diferente, seu som sujo não me desce e confesso que foi complicado ouvir o álbum “Filosofem” para a resenha de hoje e sendo direto e reto, foi uma experiência que dificilmente irá se repetir.
O som sujo e monótono tocado por Varg Vikernes parece ter sido feito para incomodar, desde os sete minutos de notas iguais de “Dunkelheit“, passando pelos picos extremamente altos da mixagem, até o tempo exagerado de “Rundgang um die transzendentale Säule der Singularität“. É difícil não se incomodar, não ficar controlando o volume, não ficar agonizado para passar de faixa. Uma verdadeira luta.
Ao mesmo tempo que o Burzum não entra na minha discografia, reconheço a sua extrema importância para o gênero, onde influenciou muitas bandas a se aventurarem nesse tipo de som. É ainda mais estranho ver o que a banda se tornou nos anos 2010, com um som totalmente experimental e calmo, muitas vezes até limpo.
Enfim, para quem gosta, bom proveito, mas para quem não consegue se familiarizar, assim como eu, passe longe que não fará falta.
Faixas:
01. Dunkelheit
02. Jesus’ Tod
03. Erblicket die Töchter des Firmaments
04. Gebrechlichkeit I
05. Rundgang um die transzendentale Säule der Singularität
06. Gebrechlichkeit II
Formação:
Varg Vikernes (vocal, guitarra, baixo, bateria, sintetizador)