Há dois anos, me lembro perfeitamente de ansiar por esse álbum, cheguei até a fazer uma resenha aqui para o site. A continuação de “Infinite Entanglement” (2016) me atraiu pelas músicas e pela ficção iniciada de William Black, aquele que foi escolhido para viver por 10 mil anos e viajar pelo universo.
O Heavy Metal clássico apresentado por Blaze e a banda Absolva são de muita qualidade, com uma paixão incrível que faz o ouvinte se arrepiar em vários momentos na audição.
Músicas rápidas curtas e com muito feeling são apresentadas, que vão de curtas a médias durações, bem no estilo de algumas faixas clássicas, como “Futureal” e “Man On The Edge” que Blaze nos apresentou na sua fase no Maiden. Riffs marcantes, com refrões melódicos e potentes. Exemplos disso são “Endure and Survive“, “Escape Velocity” e “Blood“, que abrem o álbum com muita energia, com refrões marcantes e muito feeling na voz do vocalista.
Também temos a faixa que continua a ser minha favorita, “Eating Lies“, uma quase balada, carregada de feeling que tem uma das melhores performances de Blaze em toda a sua carreira. O pré-refrão dessa faixa chega a arrepiar e todo seu arranjo é simplesmente espetacular.
Logo depois temos “Destroyer”, que continuo achando que lembra muito algo do “The X Factor” (1995) em seus versos, talvez o modo mais sombrio que o vocalista canta nos versos.
“Dawn Of The Dead Son” tem sua introdução com um coral bastante sombrio e tenso, até as guitarras explodirem com uma linda introdução. Outro refrão bem forte é apresentado, com um ótimo backing vocal.
“Remember” é a faixa acústica feita com Thomas Zwijsen, que ainda conta com um solo ótimo de violino da holandesa Anne Bakker, que também já trabalhou com ambos. Música simples mas muito rica em detalhes.
A trinca final tem momentos distintos, “Fight Back” segue a linha das primeiras faixas, mais direta e rápida. “The World Is Turning The Wrong Way” é mais pesada, com uma certa cadencia, mas com outro refrão sensacional. Fechando, “Together We Can Move The Sun” é outra bela composição do álbum, com muita paixão, Blaze canta sobre um dedilhado acústico muito bonito, mais uma vez com muita paixão. No refrão temos uma voz feminina em contraste, ficou muito bem encaixada na faixa. Após o segundo refrão, a faixa ganha peso, com um tom épico e solos de guitarra incríveis, até um clima sombrio tomar conta do final e encerrar o álbum com suspense.
Um dos álbuns que mais gostei de resenhar e foi ótimo poder revisitá-lo para o cronologia. Envelheceu bem e não ficou saturado e agora que a trilogia foi completa, é inegável que a história poderia se tornar um filme, é só questão de alguém comprar a ideia. Vida longa à um dos mais competentes músicos do Metal.
Formação:
Blaze Bayley (vocal);
Chris Appleton (vocal de apoio, guitarra, coral);
Karl Schramm (vocal de apoio, baixo, coral);
Martin McNee (bateria, percussão).
Músicos convidados:
Thomas Zwijsen (violão acústico);
Michelle Sciarrotta (violão acústico, vocal de apoio, coral, narração);
Liz Owen (vocal de apoio);
Joanne Robinson (vocal de apoio, coral);
Luke Appleton (vocal de apoio, coral);
Mel Adams (vocal de apoio, coral);
Anne Bakker (violino, vocal de apoio);
Rob Toogood (narração);
Aine Brewer (narração).
Faixas:
01 – Endure and Survive
02 – Escape Velocity
03 – Blood
04 – Eating Lies
05 – Destroyer
06 – Dawn of the Dead Son
07 – Remember
08 – Fight Back
09 – The World Is Turning the Wrong Way
10 – Together We Can Move the Sun