Pois é, os anos 90 não foram fáceis para ninguém no Metal, sobretudo para um Black Sabbath cansado e que vinha se repetindo há muito tempo, passando por inúmeras trocas de formação e falta de rumo e perspectiva no que criar para entrar no novo milênio.
“Forbidden”, o décimo oitavo disco de estúdio da banda, produzido pelo na época e até hoje, duvidoso Ernir C. (guitarrista na época da banda Rap/Metal “Body Count”) só foi importante em uma coisa na carreira do Sabbath: mostrar à banda quando se deve parar e repensar o lançamento forçado e desnecessário em uma época de incertezas. Até o boa gente Ice T. veio ao estúdio colaborar com seus vocais em algumas músicas, infelizmente em vão.
Se eu fosse forçado a resumir “Forbidden” em uma só frase ela seria: “o resto de bases e ideias deixadas de lado em todos os outros discos, juntado e reunido para se fazer esse disco”. O ouvinte mais parcimonioso então dirá: “mas tem passagens interessantes nas faixas ‘The Illusion of Power’, ‘Guilty As Hell’, ‘Rusty Angels'”! Sim, mas muitíssimo pouco para quem deu ao mundo, clássicos imortais do Heavy Metal! Tudo é piorado pelas soníferas “Can’t Get Close Enough”, “Kiss of Death”, “Shaking Off The Chains”, etc…
Infelizmente nem os talentos individuais de Tony Martin, Tommy Iommi, Neil Murray, Cozy Powell e Geoff Nicholls salvam este álbum, apesar de no emaranhado confuso perceber-se o brilhante desempenho de Powell o único a mostrar alguma vontade.
No resumo desta ópera duvidosa você deve estar se perguntando “então o disco é péssimo”, e eu direi a você que não; o problema nele está em ser mediano, sem nada brilhante e que empolgue, vindo das mãos de quem ajudou a criar o Heavy Metal é o seu maior pecado. Saliente-se para confirmar isso ao fato que depois deste disco a banda só lançou coletâneas e mesmo os lançamentos com Ozzy na derradeira “Reunion” do grupo são mais lançamentos burocráticos de uma despedida do que frutos da inspiração real deste fantástico grupo.
Curiosidades sobre “Forbidden”:
Durante o processo de gravação, cogitou-se intitular o disco de “Illusion of Power”, sendo mudado para “Forbidden” logo depois.
Na tour de divulgação, foram executadas apenas as faixas “Get A Grip”, “Can’t Get Close Enough” e “Rusty Angels” e em alguns shows entraram “I Won’t Cry For You” e “Kiss of Death” (em algumas datas isoladas na Europa e na Ásia).
Cozy Powell permanceu até a última data da parte americana da turnê. Para as datas na Europa e na Ásia, foi chamado o baterista Bobby Rondinelli, que já havia gravado com o Sabbath no álbum anterior, “Cross Purposes”.
Formação:
Tony Martin (vocal);
Tony Iommi (guitarra);
Neil Murray (baixo);
Cozy Powell (bateria);
Geoff Nicholls (teclados);
Participação especial:
Ice T (backing vocals em “The Illusion of Power”)
Faixas:
01 – The Illusion of Power
02 – Get A Grip
03 – Can’t Get Close Enough
04 – Shaking Off The Chains
05 – I Won’t Cry For You
06 – Guilty As Hell
07 – Sick and Tired
08 – Rusty Angels
09 – Forbidden
10 – Kiss of Death
