Talvez o nome do Behemoth atualmente seja o mais importante e mais renomado do estilo no mundo do Black Metal, não que seja a mais venerada banda pelos fãs mais “true”, porém é de longe que essa banda hoje pode carregar consigo, facilmente, o título de um dos ícones do Metal Extremo e que fazem parte do seleto grupo Mainstream da música pesada.

Com 11 discos lançados, sendo que o último “I Loved You at Your Darkest”, é o centro a opinião que iremos escrever hoje. Longe de ser um registro aclamado pelos fãs e pela imprensa mundial, o Behemoth fez na época de seu lançamento, um belíssimo trabalho de marketing, onde entrevistas, detalhes, clipes (por sinal muito bem elaborado”, single e polemicas aparições de Nergal, criaram uma certa expectativa muito positiva por todos que acompanham os trabalhos deste importante grupo.

Porém, ao ser lançado, “I Love You at Your Darkest”, causou a famosa dualidade musical que muitas bandas sofrem, ou você ama, ou você odeia o disco. Os pontos negativos se encontram nas atmosferas criadas pela banda, que mesmo mantendo muito peso e agressividade, fogem totalmente de sua originalidade e de tudo que foi apresentado desde o início da carreira do grupo. Sempre requisitado nas mídias, Nergal vem cada vez mais se tornando um “blogger” ou se preferir, “Influencer” digital e sua música parece ficar como segundo plano.

Mas não podemos negar que mesmo caminhando mais ao caminho do comercial, as letras fortes, polêmicas e com críticas ácidas as divindades cristãs, continuam sendo criadas de forma bem arranjada e com histórias que prendem o ouvinte. Outro fator positivo deste disco, é que em sua produção, os instrumentos são límpidos que facilitam o entendimento, algo atípico de muitas bandas de Black Metal, que simplesmente fazem uma barulheira desgraçada em suas gravações, impossibilitando qualquer entendimento harmônico deste que voz escreve.

Dividido em duas partes, em “I Love You at Your Darkest”, temos uma primeira parte mais extrema, agressiva, pesada e com muitas atmosferas fúnebres e coros que enriquecem as faixas iniciais do registro. Já em sua segunda parte do disco, a partir da música “Sabbath Mater”, o mainstream e desejo de ser Black/Pop/ Extreme Metal, faz a banda se perder em refrãos, riffs, escalas e músicas difíceis de se entender, vindas claro, de um nome como Behemoth.

De todo mal não é, mas dentro de toda sua discografia, esse registro nem perto chegará dos grandes clássicos lançados pela banda que através de sua belíssima história, vem se consolidando com um dos maiores nomes do Metal extremo.

Tracklist:

1. Solve
2. Wolves ov Siberia
3. God = Dog
4. Ecclesia Diabolica Catholica
5. Bartzabel
6. If Crucifixion Was Not Enough…
7. Angelvs XIII
8. Sabbath Mater
9. Havohej Pantocrator
10. Rom 5:8
11. We Are the Next 1000 Years
12. Coagvla

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