Após o retorno magnífico do Accept, com o álbum “Blood of the Nations” (2010), apresentando definitivamente o seu novo vocalista Mark Tornillo (TT Quick), a banda apresentou mais um trabalho digno de aplausos. Trata-se de “Stalingrad“, décimo terceiro álbum da banda, e assim como o anterior, foi produzido pelo ótimo Andy Sneap.
“Hung, Drawn and Quartered” abre o álbum da forma tradicional, de forma mais acelerada e épica, com as guitarras se destacando. Tornillo já entra arrepiando tudo, com seus já tradicionais vocais agudos. Seguindo, temos a faixa-título, que é pouca coisa mais cadenciada, com seu refrão mais melódico e com coros acompanhando a melodia.
“Hellfire” é muito mais cadenciada, com destaque para o refrão pegajoso e os solos de guitarra. Já “Flash to Bang Time” é guiada pelos pedais duplos de Schwarzmann, com ótimos Riffs rápidos e guitarras gêmeas.
A balada do álbum é “Shadow Soldiers“, com um tom bem mais melódico e sentimental, começa com um dedilhado lindo no violão antes da entrada da banda. O refrão é bem trabalhada com coros e o vocalista apresenta um tom mais grave. Um dos destaques da audição.
“Revolution” começa com um fade in que introduz um riff espetacular que dita o ritmo da faixa, que empolga bastante. Mais uma vez temos um refrão cheio de coros e pegajoso. Ao seu final temos mais um solo perfeito que encaminha para o refrão final. Na faixa seguinte, “Against The World“, vocais mais graves mesclam muito bem com os agudos, e mais um solo cheio de feeling nos é apresentado, é mais uma faixa que merece um destaque a mais na audição.
“Twist of Fate” é outra balada, talvez mais ainda do que “Shadow Soldiers”, faixa super melódica com um peso no background, o refrão é um dos melhores do álbum e essa pode se tornar uma das faixas favoritas dos ouvintes. “The Quick And The Dead” volta com a velocidade, tem um pré-refrão com harmonias muito bem encaixadas e um refrão com o coro bem trabalhado, destaque para os guitarristas com suas guitarras gêmeas mais uma vez tocadas de forma magnífica e também para o baixo de Peter Baltes que dá as caras mais claramente nessa faixa.
Fechando esse ótimo play, temos a pesada e pouca coisa mais cadenciada “The Galley”, uma faixa de sete minutos, que conta com uma mudança drástica após os seus cinto minutos, onde uma belíssima melodia é tocada, com um feeling especial que fecha o álbum de forma brilhante.
Assim como no álbum de 2010, a banda recebeu ótimas críticas, a temática do álbum é super interessante, pois fala da Batalha de Stalingrad, que ocorreu na Segunda Guerra Mundial. Além disso, a parte instrumental ganhou um tom mais épico, com a adição de passagens instrumentais mais intensas, com as guitarras de Hoffmann e Frank se apresentando de forma incrível.
Tornillo é outro que mostra que veio pra ficar, com uma performance vocal de tirar o fôlego, com aquele tom clássico mais aguda, mas também com passagens mais graves que mostram uma certa dinâmica.
“Stalingrad” já nasceu clássico, tudo é muito bem feito, desde a mixagem perfeita até a performance incrível de todos os músicos envolvidos. É o álbum que confirmou essa fase sensacional do Accept, mesmo não mudando a fórmula do álbum anterior, lançou um dos melhores álbuns daquele ano, senão o melhor, confirmando que é uma das melhores bandas de Heavy Metal da história.
Formação:
Mark Tornillo (vocais);
Wolf Hoffmann (guitarra);
Herman Frank (guitarra);
Peter Baltes (baixo);
Stefan Schwarzmann (bateria).
Faixas:
01 – Hung, Drawn and Quartered
02 – Stalingrad
03 – Hellfire
04 – Flash to Bang Time
05 – Shadow Soldiers
06 – Revolution
07 – Against the World
08 – Twist of Fate
09 – The Quick and the Dead
10 – The Galley
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9/10