Roadie Metal Cronologia: Accept – Russian Roulette

O Accept poderia ter se tornado muito mais que uma incrível banda de heavy metal alemã, pela sua maturidade e peso, no entanto parece que em decorrência de seus álbuns ficou claro que eles indiretamente e  de alguma forma foram influenciado por AC DC e acabaram fazendo uma repetição de si mesmo com o som, as composição e arranjos que perpetuariam até o Russian Rollete, sétimo album da banda e também conhecido como o fim da carreira de UDO Dirkschneider, que saíria por divergências musicais.

Russian Roulette inicialmente se chamaria Wargames.

Os coros masculinos, as guitarras oitentistas de metal e a voz rasgada de Udo que se assemelha a de Brian Johnson, praticamente nada tem de diferente para quem acompanha a banda e os discos anteriores, mas eu aconselharia a qualquer pessoa que tem o mínimo interesse em conhecer a verdadeira história do Heavy Metal, conhecer o trabalho de ACCEPT ,pelo menos até este disco de 1986.

Com “bala a bala”, vamos preenchendo o cartucho desse revólver e vamos então vendo na “roleta russa”  qual é a música que merece algum destaque para sua obra e será o tiro certeiro!

Digamos que esse álbum é bem competente, sem ser memorável.

01 T.V. War – Uma acelerada e desenvolta demonstração de um bom heavy metal com um especial destaque para a bateria que pedala sem dó, com as guitarras que parecem nos levar para qualquer lugar que seja os anos 80 e a importância do ACCEPT para a construção do Heavy Metal germânico e mundial.

02 Monsterman – Entramos numa canção bem metal do Accept com seu inconfundível coro dos instrumentistas. Me lembra sempre qualquer coisa que era bem ao estilo de David Lee Roth, no Van Hallen. Mas como sempre linear e seguindo a regra do disco, de ser curto e cadenciado.

03 Russian Roulette – Música tema do álbum, tem uma introdução que prometia uma divergência com o padrão do álbum mas era mais uma preparação para uma canção mais longa e de alguma forma, sedutora. As nuances de Russian Roulette nos levam para mais uma daquelas chamadas a la “Ac Dc” (que me perdoem quem não aceita a constante comparação) mas embora seja harmoniosa, é focada por um sentimento unilateral da banda. a voz inconfundível de UDO, o coro dos caras e um aspecto qualquer de mais do mesmo.

04 It’s Hard to Find a Way – Belo inicio de guitarra contemplando uma atmosfera mais harmoniosa para uma balada inesperada. Esta canção é bem romântica e nos leva para uma narrativa de quem pede explicações no relacionamento. “it’s hard to understand, and find a way, To give you all my life, , hard to understand, and hard to say, To give you all my life” Romântica, tem seu solo de guitarra típico para embalar os casais headbangers oitentistas.

05 Aiming High – Esta é um hino bem marcado pelo coro dos rapazes, onde eles exaltam os sentimentos de quem quer enfrentar qualquer problema e se salvar. Tem um bom instrumental.

06 Heaven Is Hell– Este épico macabro de sete minutos tem uma aspecto diferenciado e lida com questões de religião, tornando-se a canção mais obscura do álbum. Memoráveis solos de guitarra que explodem com o refrão. ‘ Tenho a impressão que esta é a canção mais importante do álbum, pois é mais forte e tem elementos excepcionais para ser um destaque nos shows ao vivo. Pra mim o tiro certeiro.

07 Another Second to Be – Boa canção que levanta um pouco, depois da anterior que nos levava para um outro universo obscuro. Atende bem os aspectos do som característico da banda, com bons acordes de guitarra.

08 Walking in the Shadow – um bom som para se ouvir dirigindo com a voz de UDO mais amena e mais pessoal. O coro está impecável. Não tem como não se impressionar com esse grupo de rapazes que nos parece tão unidos pelo menos no momento das composições. “walking in the shadow, walking in the night” – Cantemos!

09 Man Enough to Cry – Esta música não impressiona muito, é quase uma repetição dos padrões da banda.

10 Stand Tight – A ultima canção nos leva num outro universo diferente de todo disco. Obedece algumas regras mas é mais rock n roll, e até mesmo a entonação das vozes é bem diferente. Acho que eles tentaram qualquer coisa diversificada com essa música, mas ela é apenas para encerrar um incrivel album, com um UDO que surpreende ate na afinação de sua própria voz.

 

No ano seguinte de Russian Rolette, Udo prosseguiu como artista solo, formando sua própria banda UDO, lançando o álbum ‘Animal House’ em 1987. A banda não podia parar então escolheram um novo vocal: Rob Armitage, o inglês da banda Baby Tuckoo. Rob ficou varios meses, fez umas demos e participou de uns eventos com a banda. Mas a banda não tava satisfeita e buscaram um novo cara, encontrando Jörg Fischer, que também não ficou muito tempo. Só acertaram algum tempo depois com a entrada do americano David Lynn Reece.

Set list da turnê RUSSIAN ROULETTE:

1. T.V. War
2. Living For Tonite
3. Monsterman
4. London Leatherboys
5. Wrong Is Right
6. Princess Of The Dawn
7. Heaven Is Hell
8. Guitar Solo
9. Restless And Wild
10. Son Of A Bitch
11. Breaker
12. Love Child
13. Up To The Limit
14. Metal Heart
15. Russian Roulette
16. Fast As A Shark
17. Balls To The Wall

Formação da banda na época de Russian Rollete

Udo Dirkschneider: Vocal
Wolf Hoffmann: Guitarra e Backing vocal
Jörg Fischer: Guitarra e Backing vocal
Peter Baltes: Baixo e Backing vocal
Stefan Kaufmann: Bateria

 

 

 

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