Roadie Metal Cronologia: Accept – Breaker (1981)

Com seus riffs brutais e simples e ritmos agressivos, Accept é uma das principais bandas de metal que estreia no início dos anos 80 e uma grande influência no desenvolvimento do thrash. Dirigido pelos estilos únicos vocais do Udo Dirkschneider, a banda formou um som instantaneamente reconhecível e foi notório como um dos mais fervorosos da década.

Lançado em 1981, Breaker é o álbum que veio para, finalmente, fazer com que Accept fosse reconhecido para além das fronteiras da Europa. O álbum, projetado por Michael Wagener (que continuaria a produzir grandes nomes como Mötley Crüe, Alice Cooper e Ozzy Osbourne, entre outros), veio para mostrar a independência, a qualidade e, pode-se dizer, a dignidade da banda.

A banda também assinou um acordo mundial com a subsidiária da CBS Records Portrait e garantiram a gestão profissional de Gaby Hauke, que, sob o pseudônimo de Deaffy, ajudaria os membros da banda a escrever a maioria de suas letras inglesas a partir desse ponto. Apesar da súbita partida de Fischer após uma bem-sucedida turnê europeia ao lado de Judas Priest, a banda estava preparada para conquistar a Europa com seu poderoso som.

Breaker foi, em poucas palavras, o álbum que abriu as portas para Accept na cena do metal, obtendo aceitação e respeito no mundo todo, a um nível completamente diferente dos primeiros álbuns.

“Starlight” introduz o álbum com um dos melhores riffs de guitarra tocados por Hoffmann no álbum. Como primeira faixa, é uma excelente abertura, representando o que o álbum será. A voz agressiva de Udo, o baixo igualmente agressivo de Baltes e a bateria espancada por Kaufmann consagram uma das melhores músicas de Breaker.

A faixa-título “Breaker”, melhor faixa de Breaker na minha opinião, é explosiva, impulsionada pela pegada acelerada de Kaufmann. O refrão de “Breaker” é contagiante, com a contribuição de Baltes com seu baixo agressivo e o riff da guitarra de Hoffmann.

“Run If You Can” tem um riff de guitarra mais simples do que os dois das faixas anteriores, mas de qualidade equivalente. “Run If You Can” é mais harmoniosa, e seu ápice acontece no refrão muito bem cantado por Udo.

A balada “Can’t Stand the Night” quebra o ritmo pesado do álbum, além de ter uma letra mais “suave” do que as anteriores. O baixo de Baltes se destaca mais do que as guitarras de Hoffmann e Fisher aqui, fazendo um riff simples, porém bem executado. Udo alcança notas bastante altas, beirando a perfeição.

“Son Of A Bitch” é sensacional. O refrão, cuja letra já foi censurada, é muito bobo, mas extremamente grudento.

Em “Burning” o grande destaque fica por conta da linha de baixo de Baltes, muito bem executada. O solo de guitarra também é um dos pontos altos da música. O refrão também é bom, muitas vezes repetido, mas não chega a ficar enjoativo.

“Feelings”, apesar do nome não soar como o de uma música de metal, tem uma pegada pesada. A introdução tem uma linha de baixo avassaladora. Baltes estava, certamente, muito inspirado na gravação de Breaker. O refrão é um dos mais fodas do álbum, no qual Udo canta com sua voz rouca e agressiva, característica marcante do vocalista.

“Midnight Highway” é uma excelente música, na qual, novamente Baltes ganha destaque, só que dessa vez não pelo baixo (que, a propósito, está muito bem executado), mas pela voz que dá ao refrão. Mesmo que não tenha um riff ou um solo marcantes, Midnight Highway ganha pela sua melodia.

“Breaking Up Again” é uma balada cantada por Baltes, cuja voz está ótima, não sendo rasgada como a de Udo. A canção é basicamente um dueto entre a voz do baixista e o violão de Hoffmann. Em seus minutos finais o guitarrista volta a pegar a guitarra para fazer um belo solo, calmo e acompanhado pela bateria suave de Kauffmann.

Em “Down and Out”, Kauffmann dá a introdução. É, na minha opinião, a música de menos destaque do álbum. Sua pequena introdução é o ápice da música. O restante dos minutos passam de forma arrastada, como já querendo que a música acabe.

Como foi mencionado no início, Breaker é um marco para a banda, e também pode ser considerado um dos melhores álbuns de metal de 1981. Todas as músicas foram escritas pelos integrantes.

Faixas:

01. Starlight

02. Breaker

03. Run If You Can

04. Can’t Stand the Night

05. Son of a Bitch

06. Burning

07. Feelings

08. Midnight Highway

09. Breaking Up Again

10. Down And Out

 

Formação:

Udo Dirkschneider – Vocais

Wolf Hoffmann – Guitarras

Jörg Fischer – Guitarras

Peter Baltes – Baixo, vocal de apoio e vocal principal em “Breaking Up Again”

Stefan Kaufmann – Bateria e vocal de apoio

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