Certo, primeiramente quero falar sobre como conheci o ótimo Nevermore. Foi por conta do Megadeth, por conta da entrada do guitarrista Chris Broderick, que vinha de uma participação na banda. Curioso, procurei saber de onde vinha o cara que seria o guitarrista de uma das minhas bandas favoritas, apesar de o mesmo não fazer parte exatamente dos registro importantes do Nevermore. A partir daí, não digo que me tornei um fã da banda, mas um admirador da qualidade da banda.
O álbum de hoje é Enemies of Reality, de 2003, que apesar de ser bastante criticado, na minha opinião é um álbum muito bem trabalhado na questão técnica. Logo na primeira faixa, essa que dá nome ao álbum, percebemos aquela pegada que só o Nevermore tem, misturando o Thrash, o melódico com o Progressivo de forma magnífica. Assim se segue pela segunda faixa, “Ambivalent“, que chega a ser melhor que a primeira, justamente por conta do seu ótimo refrão melodioso. Destaque, sempre, para o vocal inconfundível de Warrel Dane.
A ótima “Never Purify” é uma das melhores do álbum, com muita técnica, tem o seu maior destaque na bateria e nos solos de guitarra que vão encantar o ouvinte, uma aula de música.
“Tomorrow Turned Into Yesterday“, com sua introdução acúsitca dá uma quebrada no ritmo, podemos até dizer que é a balada do álbum. Muito feeling é apresentado aqui, os solos são de dar arrepios. “I, Voyager” volta com tudo ao peso, é a mais longa do álbum. Conta com um riff matador e um refrão melancólico muito bem trabalhado.
“Create The Infinite” tem os versos muito bons, mas poderia ter um refrão mais bem feito, os vocais e backing vocals não parecem se encaixar e tudo parece uma bagunça. Tirando isso, o instrumental é muito bom, mas a faixa pode cair no esquecimento.
O começo sombrio e rápido de “Who Decides” introduz outra bela balada, seu refrão cheio de melancolia intercala com versos muito bonitos, sem dúvidas uma das melhores do Play. Diferente de “Noumenon“, uma faixa arrastada que é cheia de efeitos distorcidos, a pior do álbum.
Chutando bundas, temos a última faixa “Seed Awakening“, com riffs e pedais duplos arrasadores, ainda conta com uma aula de solos de guitarra que empolgam bastante.
Esse que talvez seja o álbum mais incompreendido do Nevermore, na verdade é um excelente disco. Não vamos nem considerar aquela primeira edição “mixada” por Kelly Grey, mas sim a reedição, agora sim Mixada por Andy Sneap. Os Riffs são espetaculares, os solos, a bateria impecável, as composições são todas de alto nível. Todo fã de um tipo de música mais técnica deveria dar uma chance para esse álbum, e os fãs do Nevermore deveriam dar uma segunda chance para esse subestimado trabalho.
Formação:
Warrel Dane (vocal);
Jeff Loomis (guitarra);
Jim Sheppard (baixo);
Van Williams (bateria);
Faixas:
01 – Enemies Of Reality
02 – Ambivalent
03 – Never Purify
04 – Tomorrow Turned Into Yesterday
05 – I, Voyager
06 – Create The Infinite
07 – Who Decides
08 – Noumenon
09 – Seed Awakening