País de Origem: México/ Estados Unidos
Anos de atividade: Desde 1989
Gênero: Death Metal/ Grindcore
É uma banda formada em Tijuana (cidade situada na fronteira Estados Unidos/ México) por músicos estadunidenses de origem latina. Dino Cazares (Fear Factory) se juntou ao guitarrista e ao baixista do Faith No More Jim Marton e Billy Gould e o vocalista John Lepe, mais conhecido como Juan Brujo. Certa vez, eles encontraram um jornal mexicano com a manchete BRUJERIA na capa, a matéria contava a história do barão das drogas Adolfo Constanzo e seus cultos satânicos que incluía sacrifícios. Com pseudônimos, eles afirmavam que eram uma banda latina composta por traficantes, ocultando suas identidades por serem procurados pelo FBI.
Formação (1989-1992)
Em 1990 foi lançado o primeiro single “Demoniaco!”, em 1992 “Machetazos” e com ele veio a primeira mudança na formação da banda. Pinche Peach como vocalista adicional, Raymond Herrera (Fear Factory) na bateria e Pat Hoed, o ex-baterista da banda se tornou o segundo vocalista. Desde o início, a banda foi criticada por suas letras com temáticas sobre drogas, sexo e satanismo, algumas músicas foram inspiradas pelas ações de Adolfo Constanzo, contrabandista de drogas mexicano e serial killer.
Polêmicas (1993-1994)
Em 1993 foi lançado o primeiro álbum “Matando Güeros”, que tinha na capa, uma cabeça decepada sendo segurada por uma mão. A imagem da cabeça transformou-se em um emblema da banda, e é vista com frequência nas capas de álbuns e outras mercadorias como camisetas e outros objetos. A cabeça decepada é de um traficante de drogas mexicano. Neste disco foi adicionado à formação Shane Embury (baixista do Napalm Death).
(1995-1999)
Em 1995 foi lançado o segundo disco “Raza Odiada”, para muitos fãs, um dos melhores da banda. Este álbum apresenta a música “La Ley De Plomo”, cujo videoclipe teve bastante sucesso em diversos canais como a MTV.
A música “Raza Odiada” é uma crítica a Pete Wilson (político norte-americano) e suas preferências raciais, que apresenta o ex-vocalista do Dead Kennedys, Jello Biafra, como a voz de Pete Wilson. Após isso, a banda começou a se popularizar, mas recusou diversos shows com a intenção de permanecerem no anonimato. Dois anos depois, foi lançado o EP “Marijuana”, com uma paródia da popular música “Macarena” e quatro músicas ao vivo do primeiro show oficial. Em 1999, foi lançado o “Spanglish 101”, uma coletânea de diversos artistas da gravadora Kool Arrow Records, selo criado pelo próprio Brujeria. Neste álbum, a banda lançou algumas novas faixas: “Marcha de Odio” e “Don Quijote Marijuana”, esta última chamou atenção por ser diferente do som do Brujeria. Veja no vídeo.
Sucesso comercial (2000-2001)
Em 2000 foi lançado o disco “Brujerizmo”, com Nicholas Barker (Dimmu Borgir, Cradle Of Filth) como baterista e Gaby Dominguez como “Pititis”, vocalista que representava um demônio feminino. O próximo lançamento foi uma coletânea chamada “Mextremist! Greatest Hits” em 2001, que incluiu faixas clássicas, versões alternativas e remixes. Era mais como um disco de raridades, já que a maioria das músicas não eram as versões dos álbuns.
Projetos paralelos (2002-2006)
Em 2002 foi anunciado um possível novo álbum, mas devido a brigas entre Cazares e Herrera relacionadas ao rompimento temporário do Fear Factory o disco foi suspenso. Herrera então deixou o Brujeria. Alguns membros então resolveram começar outra banda, o “Asesino”. Em 2003, a banda fez seu primeiro show oficial em Chicago (EUA) e iniciou sua primeira turnê, conhecida como “The Mexecutioner Tour”. No mesmo ano, a gravadora Roadrunner Records lançou uma coletânea intitulada “The Mexecutioner! – The Best Of Brujeria”. A partir deste momento, a banda tomou uma postura diferente, participando de entrevistas, shows, etc. Em 2004, eles partiram para a segunda turnê, já com a presença de “Pititis”, a voz feminina da banda. Esta turnê incluiu a primeira visita ao Brasil e Argentina. Após um período de ausência e incertezas, Dino Cazares deixa a banda por supostas diferenças com o líder Juan Brujo. Em 2006, mais uma turnê, que ficou conhecida como “No Seas Pendejo Tour” já com dois novos membros, Tony Laureano (passou por diversas bandas como Nile, Dimmu Borgir e Belphegor) na bateria e Jeff Walker (Carcass). Shane Embury deixou o baixo para tocar violão.
Nova formação (2007 – atualmente)
Depois de vários problemas internos, a banda mudou sua formação em 2007. Juan Brujo (vocal), Pat Hoed (segundo vocal), Jeff Walker (baixo), Shane Embury (guitarra) e Adrian Erlandsson (bateria). Com a nova formação houve diversos shows e turnês. Em 2014, eles assinaram um contrato com a Nuclear Blast. Em 2016 foi lançado o quarto álbum, “Pocho Aztlan”. É também o primeiro lançamento com os integrantes que se apresentam com os nomes de “El Cynico”, “El Sangron” e “Cuernito”. Este álbum marca o retorno do som mais voltado para o grindcore, como de lançamentos iniciais.
Em 2019, o Brujeria lançou um novo single, confira no vídeo.
Formação atual:
Juan Brujo – Vocal principal (desde 1989)
Fantasma – Baixo, vocal (desde 1989)
Hongo – Baixo, guitarra (desde 1989)
Pinche Peach – Samples, vocal (desde 1989)
El Sangrón – Vocal (desde 2014)
El Criminal – Guitarra (desde 2015)
Hongo Jr. – Bateria (2002-2005 e voltou em 2016)
La Bruja Encabronada – Vocal (desde 2017)
Discografia:
Matando Güeros – 1993
Raza Odiada – 1995
Brujerizmo – 2000
Poco Aztlan – 2016
Gravadora: Nuclear Blast