Em “Pope Popeye”, o canadense Reverend Null constrói um ritual sonoro de pura iconoclastia. A faixa, que funde Symphonic Metal, Hard Rock e Alternative Metal, transforma sarcasmo em lâmina, fé em dissonância.
Tudo soa deliberadamente excessivo — as guitarras disparam em linhas incandescentes, o baixo pulsa como se carregasse o peso de um templo em ruínas, e a percussão golpeia com precisão quase industrial.
No centro desse caos meticuloso está Adam Riel, cuja voz alterna entre sermão e exorcismo. Ele encarna o papel de profeta desiludido, conduzindo uma narrativa que esmaga ídolos e revela o absurdo escondido sob o verniz da devoção.
“Pope Popeye” é metáfora e martelo — um ataque frontal à hipocrisia institucional, conduzido com teatralidade e rigor sonoro.
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