Attività Power Trio é uma banda de Hard Rock formada na cidade de Varre-Sai/RJ por três amigos que queriam tocar juntos apenas para se divertir e relembrar músicas que amavam ouvir. Com o tempo, o trabalho começou a render e começaram a criar suas próprias músicas, seguindo o caminho do autoral.

A banda Attività Power Trio começou quando os amigos Fábio Pimentel (guitarrista e vocalista) e Rimão (baixista) decidiram fazer uma banda e criarem releituras de clássicos do Rock dos anos 70, 80 e 90. As influências eram, entre outras bandas: Rush, Pink Floyd, Barão Vermelho e Mutantes. Chamaram um jovem promissor para assumir as baquetas, seu nome era Douglas Dutra.

O nome da banda tem uma história curiosa: Attività era o nome do navio que trazia os imigrantes italianos para o Brasil no ano de 1879. Dentro desse navio vieram dezenas de famílias italianas que foram responsáveis por fundar a cidade de Varre-Sai/RJ (terra natal do trio).

Em 2013 a banda lançou seu primeiro álbum autoral, chamado “Nos Caminhos da Noite”. Com seu lançamento, a banda conseguiu espaço na cena musical, além de participar de alguns festivais e mostrar sua música e seu trabalho para o público. A banda já foi finalista do 2º Festival de Bandas de Garagem de Campos dos Goytacazes de 2013 e recebeu premiações pela música “Vestido de Seda” (prêmio de melhor composição) e levou também o prêmio de Melhor Baixista, esses dois prêmios no FBI – Festival de Bandas Independentes do Rio de Janeiro.

Atualmente a banda conta com 2 discos lançados: “Nos Caminhos da Noite” e “Confusão” (2018). O álbum selecionado para a resenha de hoje é o segundo.

O trabalho conta com 11 faixas. Todas possuem fortes características do Hard Rock, porém podemos notar no trabalho influências de Heavy Metal, Rock Progressivo e até de Rock Psicodélico ao decorrer das músicas. As letras são variadas e passam de movimentos sociais até a cerveja, por exemplo, apresentando a vastidão nas temáticas do Rock ‘n’ Roll.

O álbum começa com a faixa “Confusão”, que tem seu início com um riff de guitarra com muito reverb e que lembra muito o riff da música “Piano Bar”, da banda Engenheiros do Hawaii. Logo a faixa da Attività ganha peso e velocidade e a música apresenta situações do cotidiano e apresentam as confusões da vida das pessoas e os problemas sociais de nosso país.

A segunda faixa tem o nome de “Atravessando a Rio Branco” e tem uma pegada de Heavy Metal bem presente. Podemos notar velocidade dos acordes e a presença de um riff muito bem elaborado, tanto no início da música quanto no meio dela.

A terceira faixa é um dos destaques do trabalho. A apresentação do tempo e de suas repartições sendo descritas ao longo da música, com letra bem descritiva, deixam a música bem interessante. O refrão é bem marcante e continua bem visual, além de apresentar uma melodia fácil de ser fixada na mente de quem ouve, além de agradável. Além de tudo, a música apresenta uma reflexão sobre o tempo, afinal, ninguém sabe o tempo que nos resta. O solo da música é bem influenciado pelo Hard Rock, com técnica, boa sonoridade e velocidade.

A faixa seguinte do álbum é a “Estranho”. Ela tem uma ideia boa, a letra apresenta bom conteúdo sobre as coisas que podem ser consideradas estranhas na nossa vida: tanto o estranho mesmo, como apenas o desconhecido, porém, agradável. Porém, a musicalidade dela deixa um pouco a desejar. Poderia ser melhor explorada, apresentada de alguma outra forma que conseguisse explorar as boas características que a letra tem.

Outra faixa que podemos destacar é a sétima, “Melhor que Coca Light”. A primeira frase da música traz um impacto forte dizendo que qualquer coisa é melhor do que Coca Light. Podemos interpretar que existem coisas muito melhores do que perder tempo cuidando apenas do corpo, pois a vida é uma só e precisamos aproveitá-la.

A oitava música é simples e direta falando sobre uma das paixões nacionais, a cerveja. Aqui eles apresentam que conseguem viver bem sem muita coisa, porém não sem a cerveja. A faixa descreve a bebida e sua importância na vida de seus amantes.

A décima faixa apresenta uma letra muito interessante que apresenta a loucura e a insanidade como focos. Para isso, a música traz uma sonoridade bem psicodélica em sua introdução, fazendo assim uma união perfeita da sonoridade à letra. Após a introdução, a faixa ganha peso e agressividade. A apresentação da loucura como difícil de ser identificada em si mesmo é o principal da música, pois aqui fala-se que todos podem saber que você é louco, mesmo que você se ache normal. A melhor faixa do disco, que apresenta até um trecho de um discurso de Adolf Hitler, apresentando o exemplo fiel da loucura. Ela é a maior faixa do álbum e talvez a que mais traz uma reflexão.

A faixa de encerramento do álbum faz um diálogo com a música “Parabolicamará”, de Gilberto Gil. O nome da faixa é “Berimbau”, é uma releitura de Baden Powell e Vinícius de Morais, retirada do clássico álbum “Os Afro-Sambas”. A faixa apresenta boa semelhança com a música citada de Gil, uma vez que lá o ritmo da música simula uma batida de berimbau. Aqui o baixo é bem explorado, apresentando ótimos riffs. Esta faixa foi uma ótima escolha para encerrar o trabalho, trazendo um ponto final a toda a confusão apresentada na vida do brasileiro.

O álbum é diverso e explora várias temáticas utilizando-se de vários ritmos e de várias vertentes do Rock para fazer sua sonoridade.

Os pontos positivos do álbum são: a audácia (os músicos da banda não têm medo de misturar, juntar, criar, arriscar nas inovações e colocar as palavras que vêm à mente de primeira na hora de compor, sem lapidar muito), o peso, a velocidade e a agressividade (tanto no som, quanto nas palavras) do disco.

Os pontos negativos são: a sonoridade poderia ter sido melhor explorada, o som da guitarra poderia ser melhor lapidado, os conjuntos de vozes poderiam se dialogar mais, trazendo algo mais uniforme ao trabalho; ficou uma sensação de desorganização em algumas partes, como se fosse um show de Punk Rock visceral.

Outra coisa que podemos notar é que o fato de eles arriscarem muito faz com que muitas músicas deixem a sensação de estarem inacabadas, sem a lapidação necessária para estar em um álbum finalizado: sonoridade crua e palavras escolhidas de forma errada para passar a mensagem. Por fim, podemos notar uma grande lacuna de qualidade entre algumas músicas. O trabalho possui faixas muito boas como “Tempo”, “Cercado por Loucos” e “Berimbau”, ao lado de músicas bem mais fracas como “Cerveja” e “Estranho”.

Faixas:
01. Confusão
02. Atravessando a Rio Branco
03. O Tempo
04. Estranho
05. Cognição
06. Serra da Ventania
07. Melhor que Coca Light
08. Cerveja
09. Não Estou Nem Aí
10. Cercado Por Loucos
11. Berimbau

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