Resenha: Viral – Viral (2021)

2020 já não foi um ano “agradável” para o mundo, entretanto, no universo Metal, não podemos reclamar… inúmeros foram os lançamentos, bandas que se empenharam em produzir em meio ao caos, sobre as ruínas de um velho mundo, que não temos mais. Estes músicos, estes artistas, puderam colocar nos headbangers algum sentimento, alguma alegria, alguma paz. Sabemos que vivemos tempos difíceis, mas, apenas continuamos…

2021 pode ser um ano de escolha: ou desistimos, ou, continuamos. Enfrentar esse ano como foi enfrentado (e vencido para muitos) o 2020 não será nada fácil. Mas, só nos resta dar o nosso melhor e “não deixar a peteca cair”.

Pois bem, fiz esta reflexão porque acredito nela. Acredito ainda nas pessoas (há sim uma maioria de pessoas do Bem) e por fim, acredito e viverei sempre o METAL! Começo esse novo ano com este pensamento, positivo, e resenhando este ótimo trabalho de uma banda debutante, a qual sugiro a audição. Que venham mais materiais como o que vos apresento agora: VIRAL.

Oriundo de Linköping, na Suécia, VIRAL é uma banda de Heavy Metal com raízes no New Wave britânico e que mescla fortíssimas características de Power Metal e Thrash Metal. Sinto na expressão musical do grupo, ainda, muita influência de outros estilos, em determinados trechos ou passagens. Um pouco de sangue novo em universo que o “mais do mesmo” por vezes está sendo deixado mais de lado, por não conseguir suprir a sede de Metal em alguns bangers.

DISSECANDO O DISCO: Scarred anuncia a tormenta que se arma à sua frente… Os suecos não brincam em serviço, vieram das longínquas terras do Norte do Mundo para aplacar destruição e caos por onde passarem. A track se constrói baseada no melhor do Heavy Metal, áspera, rápida, rígida. Going Down consegue usar a mesma forma da antecessora e ainda somar algo a mais de melodia e uma pegada mais Power Metal. DE CARA, totalmente empolgante, como fazia algum tempo que não ouvia – desde quando descobri a banda norte-americana Eternal Champions. As faixas são voláteis, e mal dão tempo ao ouvinte para raciocinar… “o que está acontecendo”! As duas primeiras tracks do disco “lembram” alguns ícones do passado, mas discretamente… chegando em Machine, o ouvinte mata a pulga que estava incomodando, e abre as janelas para observar a saraivada de fogo reluzente que cai dos céus! Com uma pitada (nada leve) de Judas Priest, esta foi sem dúvida a faixa que mais me encantou. Gallows absorve a magia do Power Metal, e se mantém nessa linha, com uma melodia até “balada”. Lembra outras influências nessa ramificação do Metal, deixando a agressividade um pouco na “reserva”. O finalzinho com piano clássico… muito bom. Incrível como a Viral conseguiu se “transmutar” de uma música para a outra, até o presente momento.

Mantendo essa característica “camaleão” apresentada pela banda até o momento, Gonna Lose It se apresenta com uma cara bem Rock’n’Roll, em sua fase mais clássica dos anos 70-80, detendo um solo bem prolongado e carregado de melodia. A faixa-título e nome da banda, Viral, é não surpreendentemente uma mistura de tudo o que foi apresentado até o momento. Aqui percebemos o quanto o grupo é entrosado e esbanja criatividade: a fusão dos estilos com apresentação de trechos marcantes em cada ponto acima descrito transmite ao ouvinte uma viagem sonora sem igual. Até mesmo o vocal empregado é diferenciado, abraçando características que lembram alguns dos mais renomados vocalistas, ao tempo, que destacam uma sonoridade única à banda. Mephorius é outra faixa que, descaradamente, me lembrou mais um dos mestres do Rock… essa, vou deixar em aberto para que o leitor/ouvinte, por conta própria, faça seu apontamento. A penúltima faixa, Selo’s Tale, se aventura agora em ramos mais “powerizados“, com guitarras gritantes e ululantes inerentes do Speed Metal europeu. [“Rock’n’Rolf curtiu isso”!] Devil’s Clockwork encerra como deveria ser: Metal “porrada nazorelha“! O disco que possui cerca de 40 minutos de puro METAL! Certamente merece o repeat no play! NOTA 8,0

Mídias Sociais:

https://www.facebook.com/viraltheband/

https://viraltheband.com/

VIRAL:

Albin Forsell: Vocals
Larri Malinen: Guitars
Marcus Borggren: Guitars
Christian Ståhl: Bass
Linus Melchiorsen: Drums

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