Resenha: The Birthday Massacre – Pins and Needles (2010)

Surgido em 1999, no Canadá, o The Birthday Massacre nos trouxe uma musicalidade curiosa, para ser ouvida com a mente aberta, devido ao mix entre Gothic Rock, Alternativo, SynthPop, Dark e pitadas de Industrial. É verdade que provavelmente pode desagradar a muitos aficionados por sons mais pesados, todavia, é interessante dar uma conferida no que se trata primeiro, antes de sair apedrejando-os, pois gostando ou não, é algo bem verdadeiro.

O passar dos anos não nos entrega apenas desvantagens e, um dos benefícios a serem ganhos é a experiência, no caso aqui a musical. O peso, que flui de maneira natural – e nem um pouco forçada – é notado através de guitarras (essas por sua vez, desempenhando um importante papel na sonoridade dos canadenses) e baixo mais “na cara”, pois apesar dos estilos supracitados, não significa que temos aqui um disco em demasiado leve, mas um disco de Rock (sim!) que soa balanceado. Mas, é claro que também existem os momentos mais acessíveis, principalmente por cortesia dos belos e suaves vocais de Chibi e algumas melodias e sentimentais teclados mais “light”, porém no fim, tudo se completa de maneira envolvente. Isso se chama competência!

Dando uma olhada no track list, a abertura ficou a cargo de “In the Dark”, uma das mais pesadas, e que inclusive ganhou um clipe razoavelmente sinistro, enquanto que “Always”, “Secret” e “Pale” (que encanta por ser ao mesmo tempo suave e direta) estão na ala das mais tranquilas. Os destaques também vão para a empolgante “Control” e a própria título, “Pins and Needles”, que é dona de um refrão que não vai sair da sua cabeça. São apenas destaques pessoais, mas é claro que ouvir o álbum todo será muitíssimo interessante, pois outros detalhes e passagens trabalhadas vão surgindo e agradando os nossos ouvidos. No aspecto visual, é interessante notar que o uso dos tons de lilás nunca foi deixado de lado, mais uma vez acompanhados por uma ilustração bem bonita.

Não que tenha ficado ruim, mas na minha humilde opinião, os responsáveis pelos processos de produção e gravação poderiam ter tido uma preocupação maior com a qualidade sonora, mas, como disse, nada que tenha afetado muito o resultado final. Ah, e apenas como conselhos, esqueça o lado visual (pelo menos das fotos antigas), que certamente o desanimará, aperte logo o play e então faça suas próprias deduções, pois a sonoridade é interessante, diferenciada e poderá lhe surpreender!

Banda:
Chibi (vocal);
Rainbow (guitarra, programação de sintetizador/percussão, vocal);
Michael Falcore (guitarra, programação de sintetizador/percussão);
O.E. (baixo e vocal);
“Rhim” (bateria);
Owen (teclados)

Faixas:
01. In the Dark
02. Always
03. Pale
04. Control
05. Shallow Grave
06. Sideways
07. Midnight
08. Pins and Needles
09. Two Hearts
10. Sleepwalking
11. Secret.

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