Resenha: The 69 Eyes – West End (2019)

“Nós somos a banda que o tempo esqueceu. Nós somos a banda que se recusa a morrer. Nós somos os Vampiros de Helsinqui”. Com essas palavras, a banda finlandesa The 69 Eyes retorna com seu novo trabalho, comemorando 30 anos de carreira e moldando o gênero Goth ‘n’ Rock como nenhuma outra banda conseguiu fazer. Lançado em setembro pela Nuclear Blast e distribuído no Brasil pela Shinigami Records, “West End” mostra que esses Vampiros estão mais vivos do que nunca e ainda não estão prontos para serem colocados em um caixão.

O disco também prova que o estilo gótico ainda está vivo no mercado de músicas desse o gênero, embora mantendo um número de seguidores incondicionais, ficou um pouco atrás quando a ideologia ‘gótica’ se transferiu cada vez mais para uma tendência de moda do que estilo de vida.

A maioria das músicas são hits cheios de peso, memento mori, humor sombrio e aquela sensação de estar ouvindo um Elvis Presley mais sombrio, com a voz de Jyrki 69 que lembra um pouco o ícone do Rock dos anos 50/60.  Em particular, indico a faixa “Two Horns Up”, que conta com a participação de Dani Filth e me deu um ar de nostalgia de quando eu ouvia muito e frequentava festas do estilo. É um belo dueto que combinou muito com este trabalho do The 69 Eyes. O single “Cheyenna” é facilmente o melhor do disco, carregado viciantes riffs de guitarra. Há também músicas mais melancólicas que lembram o The Sisters of Mercy, mas aposto que os mais saudosista irão odiar esta comparação. 

Como disse o vocalista: “No momento, eu diria que é o melhor álbum que oThe 69 Eyes  já fez e se você estava nos evitando até agora, está na hora de nos conhecer e este é um bom álbum para começar. É um álbum do rock ‘n’roll moderno, apropriado para o ano 2019″. Muitos consideram um álbum fraco, onde Jyrki 69 tenta se encaixar em um molde de Peter Steele e Ville Valo  ou que fugiu um pouco das ideologias da banda para fazer um álbum mais comercial, há também quem diga que a banda seja uma cópia barata do Rock Gótico dos anos 80. Independente do que seja, o álbum é bom e foi uma audição que me agradou bastante, trazendo nostalgia e a confirmação de um show do The 69 Eyes no Brasil em 2020.

Faixas:
01. Two Horns Up
02. 27 & Done
03. Black Orchid
04. Change
05. Burn Witch Burn
06. Cheyenna
07. The Last House On The Left
08. Death & Desire
09. Outsiders
10. Be Here Now
11. Hell Has No Mercy

Formação:
Jyrki 69 (Vocal)
Bazie (Guitarra)
Timo-Timo (Guitarra)
Archzie (Baixo)
Jussi69 (Bateria)

Encontre sua banda favorita