Após quatro anos de espera depois do sensacional “Dark Roots of Earth” (2012), o grande Testament finalmente anunciou no mês de junho, através do guitarrista Eric Peterson, que estaria lançando no dia 28 de outubro o seu novo trabalho intitulado “Brotherhood of The Snake”.
O novo single foi divulgado no início de setembro, sendo ele a faixa-título, onde a banda já mostrou todo o poder e qualidade que tem em seu Thrash Metal arrasador.
Riffs rápidos, um baixo super presente e audível, além de uma performance incrível de Gene Hoglan nas baquetas compõem a música. Isso sem conta a performance vocal de Chuck Billy que sempre é um show a parte.
Por grande sorte tive acesso ao álbum nesta sexta-feira (07), praticamente três semanas antes do lançamento oficial, e trago pra vocês uma resenha especial aqui na Roadie Metal.
A segunda faixa, “The Pale King”, de cara já se torna uma das favoritas. Seus versos cantados de forma rápida são viciantes, e o refrão tem um tom melodioso que também gruda na cabeça rapidamente. Grande trabalho nas guitarras e nos vocais, que mesmo sendo rasgados e fortes, conseguem passar um feeling legal. Aliás, nos shows será uma das mais empolgantes.
“Stronghold” conta com instrumentos bem sincronizados, e um coro que acompanha o vocal que empolga bastante, lembrando Anthrax nessas partes. No refrão temos os mesmo seguimento. Destaque para os solos e os pedais duplos que estão sensacionais.
A quarta faixa é “Seven Seals”, que é mais cadenciada, mas pouca coisa, tendo um tom melodioso também. O refrão é muito curto e fraco, na minha opinião. O destaque fica mesmo por conta dos vocais e pelos riffs, que são bem bacanas.
Vamos agora para “Born In A Rutt”, faixa que conta um riff muito bom, ótimas viradas da bateria e ótimos vocais. É outra faixa mais cadenciada. Conta com algumas partes de vocais falados. O refrão é pegajoso e vai grudar na cabeça logo. Destaque para o solo de guitarra. No fim da faixa parece que a banda encorpora o Slayer. Quando você ouvir saberá o que eu quis dizer.
Outro grande destaque é “Centuries of Suffering”, mais rápida e com vocais brutais. As guitarras fazem um ótimo trabalho, bem sincronizadas e empolgantes. Essa é pra abrir o mosh durante os shows. Pena que é a mais curta do álbum.
“Neptune’s Spear” é outra que lembra o Slayer, dessa vez só em seu início. Os riffs são um dos melhores do play, acompanhados de ótimas batidas da bateria. O refrão é curto mas muito bom, o solo passa um perfeito feeling para o ouvinte. Realmente um ótima faixa.
Voltando ao rápido e mais agressivo, temos “Black Jack”, onde os versos são muito bons, e o refrão, mais arrastado. Não me agradou tanto. Pareceu-me um pouco sem criatividade, mas a música é boa e pode agradar, sem dúvidas.
A banda fala sobre a “erva do Satanás” em “Canna-Bussines”. A letra não ficou bem clara aos meus ouvidos, mas é bem o que parece, algo relacionado a indústria da droga. Musicalmente, é uma faixa bem no estilo das anteriores, onde a rapidez predomina, com ótimas passagens da bateria e solos impressionantes.
Pra fechar temos “The Number Game”, que no início bem lembrou um pouco Metallica, mas foi só impressão mesmo. Logo temos um riff matador que casa muito bem com a bateria brutal, os vocais voltam a se destacar, realmente Chuck Billy é uma das melhores vozes do Thrash. Foi uma boa escolha pra fechar o disco, deixando um gostinho de quero mais, fazendo o ouvinte lamentar o fim da audição.
Concluindo, é o melhor lançamento do gênero em 2016, junto ao “Dystopia”, “For All Kings” e “The Evil Divide”, claro, em minha opinião. Testament bate de frente com o Big 4, que deveria virar Big 5 e adicionar a banda, que vem lançando discos cada vez melhores e se engrandecendo ainda mais.
Não supera o anterior “Dark Roots of Earth”, que pra mim é um álbum nota 10, mas chega perto. Tem vários pontos que empolgam e fazem o ouvinte bater cabeça, além de um feeling que está muito presente. Poderiam ter colocado mais uma ou duas faixas pra ficar mais completo, além de uma balada, que fez falta no play. Em geral, um ótimo disco e assim que possível, terei minha cópia física sem sombra de dúvidas.
Formação:
Chuck Billy (vocal);
Eric Peterson (guitarra);
Alex Skolnick (guitarra);
Steve DiGiorgio (baixo);
Gene Hoglan (bateria).
Faixas:
01 – Brotherhood of The Snake
02 – The Pale King
03 – Stronghold
04 – Seven Seals
05 – Born In A Rut
06 – Centuries of Suffering
07 – Neptune’s Spear
08 – Black Jack
09 – Canna-Business
10 – The Number Game
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9/10