Resenha: Symphorce – Truth to Promises (1999)

Temos aqui o debut da banda formada por Andy B. Franck, após o hiato do IVANHOE. Ele recrutou os músicos, entrou em estúdio e saiu de lá com um bom disco.

Truth to Promises traz uma mescla musical que viaja pelo Power Metal, passando pelo Hard Rock, Prog Metal e muito Metal Melódico. Gravado no Maryland Studios, em Merklingen, Alemanha, mixado no House of Audio Studio, em Karlsdorff, também na Alemanha. A produção foi dividida entre Andy B. Franck, H.P. Walter, Rüdiger Gerndt e Jörg Umbreit. Dennis Ward, do PINK CREAM 69 também participou do álbum, sendo o responsável pela gravação da bateria e pela mixagem.

A faixa título abre bem o disco com um Power Metal bem energizante e dá mostras de que a então nova banda chegava de forma apoteótica. “Drifted” já dá uma quebrada para um Prog muito bem feito. “Wounded” é uma das melhores canções de toda a carreira do SYMPHORCE, e olha que a banda durou. A música é muito densa e Franck recita a letra nas estrofes, enquanto que no refrão ele explora bem a sua potência vocal.

“Retreacing the Line” traz uma mescla de Prog nas estrofes e Power Metal no refrão, uma boa música; Outro ponto alto do disco é a música “Stronghold”, um hard rock bem tocado e bem honesto.

Across the Plains” é uma música que significa e muito para mim, pois foi a primeira da banda que eu escutei, através de uma extinta revista que circulava pelas bancas no final dos anos 1990, a Planet Metal. Era uma revista que vinha com um CD coletânea encartado e em uma edição, tinha essa música do SYMPHORCE, que me despertou o interesse pela banda. E ela é um Prog bem certinho, com refrão grudento, muito boa.

https://www.youtube.com/watch?v=LLY4zuV_nxE

Temos um quórum aqui, pois das dez músicas do disco, as seis primeiras passaram com louvor. As demais não são ruins, mas não mantém o nível alto do início da bolachinha: temos a balada “Forevermore” que é certinha, bem tocada, bonitinha, mas ela não fica grande em nenhum momento.

“Pouring Rain” é até uma tentativa de levantar o nível do disco, numa composição bem melódica. “Circles Are Broken” tem uma intro com um violão, ganhando um peso, mas cheia de altos e baixos, ficando bem densa no refrão.

O disco se encerra com a calmíssima “Sea of Life“, bonitinha, lentinha, mas inofensiva. A parte mais legal do fim deste disco é você deixar a bolacha rolando e depois de uns minutos de silêncio, temos um áudio bastante engraçado de Andy e Mike, onde eles apresentam as músicas do disco, imitam com a boca os sons das guitarras. Lembro que em algum momento do ano de 1999, eu li uma entrevista do vocalista para a revista “Rock Brigade”, na qual ele explicava que este momento engraçado foi uma conversa real, quando ele e Mike foram apresentar a banda ao manager da gravadora, para que ele pudesse entender como soava o som da banda.

O disco foi lançado pela Noise Records na Europa. Aqui no Brasil saiu pela parceria que existia entre os selos “Rock Brigade” e “Laser Company”.

Enfim, uma boa estreia. A banda amadureceria ainda mais com os álbuns posteriores, com o som ficando mais pesado, até que a banda se separou em 2011.

Formação:

Andy B. Franck – Vocal

Mike Hammer – Baixo

Stefan Köllner – Bateria

Stefan Bertola – Guitarra

H. P. Walter – Teclados

Track list;

01 – Truth to Promises

02 – Drifted

03 – Wounded

04 – Retreacing the Line

05 – Stronghold

06 – Across the Plains

07 – Forevermore

08 – Pouring Rain

09 – Cricles Are Brokekn

10 – Sea of Life

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