Resenha: Stone Sour – Hydrograd (2017)

Corey Taylor é um dos nomes mais influentes do Metal Moderno, vocalista de uma das maiores bandas da atualidade, o Slipknot, conhecido principalmente por sua voz única, suas performances sempre enérgicas e sua personalidade forte. Antigamente, muitos não sabiam, mas Corey já era vocalista da banda Stone Sour desde 1992.

Hoje a situação é diferente, a banda se tornou tão grande que alcançou um sucesso tremendo, principalmente com os dois últimos álbuns, “House of Gold and Bones Pt. 1” e “House of Gold and Bones Pt. 2“, que eram álbuns conceituais lotados de grandes composições.

Dando sequência, após quatro anos, a banda está lançando “Hydrograd“, que promete, segundo Corey, as melhores composições já feitas pela banda. Vamos ver se ele tem razão.

Começamos com a intro “Ysif“, que anuncia algo grandioso, e isso é entregue com a faixa “Taipei Person/Allah Tea“, que conta com um ótimo riff, um feeling espetacular, e uma ótima performance do vocalista, que é acompanhado por um coro empolgante. Mostra uma banda muito entrosada.

Em “Knievel Has Landed” temos algo mais pesado, com outro bom riff, lembrando um pouco algumas faixas do Avenged Sevenfold por conta da sua estrutura. O refrão é mais melódico e cheio de backing vocals bem colocados, além de um ótimo solo ao seu final. A faixa-título vem em seguida, um Hard N’ Heavy muito bom, onde mais uma vez o destaque é a performance de Corey. Novamente um refrão muito pegajoso e versos poderosos.

Em seguida temos os singles já liberados, “Song #3” e “Fabuless“. A primeira sendo bem melódica, com Corey soltando a voz sobre as guitarras abafadas nos versos, e um refrão muito bom, um dos melhores do álbum. Ganhou até uma versão acústica em uma performance solo do vocalista. A segunda é mais pesada, com um riff acompanhado de batidas marcantes da bateria. O refrão é bem agressivo e soa como um hino, deve se tornar uma das que não podem faltar nos shows. Ótima escolha para um single.

A primeira faixa mais arrastada é “The Witness Trees“, que podemos dizer que é a primeira balada do álbum, tem um andamento mais suave e melódico, mas mesmo assim soa pesada na mixagem. Mais um refrão espetacular é ecoado e essa pode ser uma das faixas mais grudentas do álbum. Destaque também para o ótimo solo no final.

Rose Red Violent Blue (This Song Is Dumb & So Am I)” tem o título engraçado, mas é uma música muito boa, mais cadenciada também, mas diferente da faixa anterior, parece realmente que Corey quer contar uma história. Seu refrão é mais acelerado e marcante, mais puxado para o Hard Rock.

A próxima é “Thank God It’s Over“, que tem mais peso como nas primeiras faixas, não é tão cativante como as outras, mas tem que se destacar o ótimo solo. Em seguida temos outra balada, desta vez quase totalmente acústica, trata-se de “St. Marie“, com influências claras de bandas de Rock Clássico setentistas, como Lynyrd Skynyrd e Yes, os versos transmitem muito feeling, acompanhados de um pequeno coral de fundo. Ótima faixa.

Mercy” vem em seguida, a faixa é ótima, com muita energia, mas tem que se admitir que a versão liberada pela banda performando a faixa ao vivo no estúdio ficou muito melhor que a versão do álbum. Mas independente disso, Corey apresenta aqui a sua versatilidade vocal, pois consegue atingir timbres distintos ao decorrer das faixas. Concorre para ser uma das melhores do álbum.

Nos aproximamos do fim do álbum, e a reta final é iniciada com a rápida “Whiplash Pants“, versos agressivos e refrão melódico marcam a faixa. Na sequencia vem “Friday Knights“, que começa com um riff pesado, mas conta com versos bem cadenciados, mais uma vez o refrão grudará na sua cabeça. Mais um solo ótimo introduz uma ponte super agressiva, que torna a faixa muito interessante por conta da varição em seu andamento.

Somebody Stole My Eyes” tem um título interessante, e é uma faixa super pesada, talvez a mais pesada do álbum, Corey canta quase como canta no Slipknot, mas não chega a tanto. O refrão pega de surpresa por ser tão melódico. Faixa super interessante que nos encaminha bem para a última faixa.

Claro, a última faixa tem que ser a mais épica, e não foi diferente neste Play, “When The Fever Broke” é a mais longa do álbum, conta com um clima muito sentimental, uma refrão incrivelmente bem feito, onde Corey fala sobre ir pra casa novamente, talvez se referindo a falta de tempo com sua família por conta das turnês. Você consegue realmente sentir o feeling da faixa. Talvez seja uma das melhores faixas já compostas pela banda.

A mixagem é perfeita e consegue deixar bem claro todos os elementos das faixas. A performance de Roy Mayorga nas baquetas não deixa a desejar, e os guitarristas Josh Rand Christian Martucci dão show nos riffs e solos, Johny Chow está presente com seu baixo, mas não tem momentos de destaque.

Não seria correto afirmar que “Hydrograd” é o melhor álbum do Stone Sour, talvez mais algumas audições podem provar isso, até porque “Come What(ever) May” (2006) é um baita álbum, mas entra com certeza no top 3 da banda, que mais uma vez consegue provar que pode fazer ótimas músicas, e é um dos grandes nomes do Rock e Metal nos dias de hoje. Não deixe de ouvir este play que concorre pra ser um dos melhores do ano.

Formação:
Corey Taylor (vocais, guitarras, piano).
Josh Rand (guitarras);
Christian Martucci (guitarras);
Johny Chow (baixo);
Roy Mayorga (bateria).

Faixas:
01 – Ysif
02 – Taipei Person/Allah Tea
03 – Knievel Has Landed
04 – Hydrograd
05 – Song #3
06 – Fabuless
07 – The Witness Trees
08 – Rose Red Violent Blue (This Song Is Dumb & So Am I)
09 – Thank God It’s Over
10 – St. Marie
11 – Mercy
12 – Whiplash Pants
13 – Friday Knights
14 – Somebody Stole My Eyes
15 – When The Fever Broke

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