Resenha: Slash – Slash (2010)

Após ter tocado em alguns projetos após sua saída nada amigável do Guns N Roses, em 2010, o guitarrista Slash lançou o primeiro álbum de sua carreira solo, sendo esse seu disco homônimo.

Anteriormente, Slash pretendia chamar esse álbum solo de “Slash & Friends”, tendo depois simplificado para apenas “Slash”, mas a ideia do “friends” ainda assim seguiu, tendo todas as faixas do mesmo contado com participações especiais de diversos outros músicos, sendo eles do meio do rock, ou não.

E isso que já chama a atenção no disco, o fato de você encontrar participações de Fergie, Adam Levine, Chris Cornell, Lemmy Kilmister, Dave Grohl, M. Shadows, Myles Kennedy (que depois virou o vocalista oficial da banda solo do Slash), e alguns outros, no mesmo trabalho.

Outro fato interessante sobre o álbum é o fato de todos os ex-integrantes da formação clássica do Guns n Roses fazerem uma participação especial no mesmo, com exceção, obviamente, de Axl Rose, que na época não queria nem sequer ouvir o nome do Slash.

Só na primeira audição se percebe que em questão de sonoridade, o disco não é linear em nenhum momento por motivos óbvios, e sinceramente, isso é o que torno o mesmo ainda mais genial. Em resumo, invés dos convidados se encaixarem no estilo do Slash, o que ocorre no álbum é exatamente o contrário, Slash que se adaptou ao estilo dos vocalistas de cada faixa, mas ainda deixando sua marca em cada uma delas.

Por exemplo, a faixa “Gotten”, a qual Adam Levine participa, seria facilmente confundida com uma música do Maroon 5 por um desavisado, tendo apenas o toque “Slash” quando chega ao solo. O mesmo se aplica a outras faixas do disco, como “Doctor Alibi” com Lemmy Kilmister (Motörhead), “Promise” com Chris Cornell (Audioslave e Soundgarden), “Crucify The Dead” com Ozzy Osbourne, “Nothing to Say” com M. Shadows (Avenged Sevenfold), e por ai vai.

Mas claro, não podemos deixar de destacar a participação de Myles Kennedy (Alter Bridge) nas faixas “Back From Cali” e “Starlight”, tendo as mesmas sidas essenciais para que Slash o escolhesse para ser o vocalista oficial da banda, tendo depois o projeto mudado de nome para “Slash feat. Myles Kennedy and The Conspirators”.

A única faixa que não-inédita do disco foi a clássica “Paradise City”, que contou com a participação do grupo de Rap Cypress Hil, e a cantora Fergie (que também participou da faixa ‘Beautiful Dangerous’), ganhando assim uma versão meio Hip Hop e meio Hard Rock.

Aliás, a própria Fergie me surpreendeu nesse disco, mostrando uma ótima versatilidade musical. Tanto na versão de “Paradise City” quanto em “Beautiful Dangerous”, ela mostrou ter uma influência no estilo de canto das “The Runaways”, conseguindo se adaptar ao Hard Rock em ambos os casos.

No mais, o “Slash” é um álbum que cumpre muito bem o seu papel, dando uma verdadeira coletânea com os melhores músicos do alto escalão da indústria musical.

Nota: 10

FORMAÇÃO PRIMÁRIA:

Slash – guitarra

Chris Chaney – baixo

Josh Freese – bateria

Lenny Castro – percussão

TRACKLIST:

  1. Ghost (feat Ian Astbury and Izzy Stradlin)
  2. Crucify the Dead (feat Ozzy Osbourne)
  3. Beautiful Dangerous (feat Fergie)
  4. Back From Cali (feat Myles Kennedy)
  5. Promise (feat Chris Cornell)
  6. By The Sword (feat Andrew Stockdale)
  7. Gotten (feat Adam Levine)
  8. Doctor Alibi (feat Lemmy Kilmister)
  9. Watch This (feat Dave Grohl and Duff McKagan)
  10. I Hold On (feat Kid Rock and Marlon Young)
  11. Nothing to Say (feat M. Shadows)
  12. Starlight (feat Myles Kennedy)
  13. Saint Is a Sinner Too (feat Rocco DeLuca)
  14. We’re All Gonna Die (feat Iggy Pop)
  15. Sahara (feat Koshi Inaba)
  16. Baby Can’t Drive (feat Alice Cooper, Nicole Scherzinger, Flea and Steve Andler)
  17. Paradise City (feat Cypress Hill and Fergie)
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