Há um coeficiente na estrutura de uma banda que se entende somente quando atinge-se certa maturidade musical, sobretudo para a identidade musical de um grupo onde seus integrantes buscam um difícil equilíbrio entre suas influências, a necessidade do mercado e da própria sobrevivência de uma banda e as tendências de mercado.
Uma banda que quer sobreviver e conquistar um lugar ao sol não pode ignorar nenhum destes fatores, mas há um diamante a ser encontrado nesta alquimia que é quando a banda acerta na aposta de absorver as tendências, atender as expectativas de seu público e o mais importante: – Manter uma identidade sem deslizar ao caminho das tendências fáceis e é neste mar que navegam nossos amigos do Seven Keys.
Formado por músicos experientes e com uma bagagem musical de respeito o trio formado pelos irmãos Carlos Stampone ( baixo e vocais), Anderson Stampone (guitarras e vocais) e Willian Ferreira (bateria) chega agora ao seu primeiro “full leght”, Visions of Time. vale citar a belíssima arte gráfica a cargo do artista João Duarte (Metal Church, Angra, Torture Squad).
O trabalho transpira profissionalismo e competência, onde o power trio desfila um Heavy Metal direto sincero e de qualidade, imagine aquela estrutura simples e direta de um Axel Rude Pell, junte isso a pitadas daquele metal mais tradicional construído sobre riffs espertos, uma voz com personalidade e uma produção bem cuidada e moderna como não podia deixar de ser vindo de uma músico do calibre de Fabio Laguna (Hangar) que é responsável pelos teclados neste trabalho também, e você terá um vislumbre do que é este trabalho do Seven Keys!
Faixas como “Teotihuacan” e “No More Games” tem aquela pegada esperta do hard dos anos 70, belos refrões e os solos bem cuidados de de Anderson dão um brilho especial.
“Bloodsuckers”, “Banshee” e “Living for Tonight” são mais cadenciadas o que permitiu a Carlos trabalhar seus vocais de formaa nos mostrar que nem só de exageros operísticos se faz o bom Metal, quem dera todo vocalista tivesse a dimensão de que as vezes menos é mais que vemos aqui.
“Blood of the Nations” tem uma bela alternância entre os teclados e as passagens mais pesadas preparando o ouvinte para as rápidas “Seven Bullets” e “Premonition” esta última com um toque saudável de Dream Theater na bateria de Willian. Em “Shadows of Another Life” mais uma vez a guitarra de Anderson se destaca em um incrível dueto com Fabio Laguna.
A última faixa “Crickets in Mind” é a faixa bônus mais que especial pois é cantada pelo “workaholic” Nando Fernandes que dá um toque todo especial com sua interpretação.
O Seven Keys com certeza faz por merecer sua existência brindando-a com um Heavy Metal de qualidade e bom gosto, apostando naquilo que as raízes do estilo oferecem de mais especial, mas com um olhar pro futuro! Bela obra!
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8/10
1 comment
Uma banda ímpar, que atinge não só fãs de heavy, mas de rock em geral. Merece ser citada como uma das melhores bandas de rock do Brasil atualmente!
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