Depois de lançar grandes clássicos do Doom Metal como “Icon” [1993] e “Draconian Times” [1995] e dividir os fãs após passar por uma fase eletrônica com os álbuns “Host” [1999] e “Belive in Nothing” [2001], os britânicos do Paradise Lost lançaram “Faith Divides Us – Death Unites Us” [2009] e “Tragic Idol” [2012], sendo estes últimos um nostálgico retorno para o estilo característico inicial, o qual trouxe ao grupo um reconhecimento como um dos maiores ícones do estilo.

paradise

Dia 01/06/2015, eis que após um hiato de três anos encerrou-se após o lançamento de “The Plague Within”, décimo quarto álbum da carreira dos ingleses.

Após a excelente repercussão de “Tragic Idol”, e do lançamento da compilação “Tragic Illusion 25” [2013] , ficou nítido e evidente o flerte do retorno aos primórdios, trazendo novamente elementos sombrios e soturnos ao cardápio.

“The Plague Within” coroa a grande fase em que se encontra a banda, que mantém a formação estável desde 2009, quando o baterista Adrian Erlandsson passou a fazer parte do quinteto.

Incia-se a audição do álbum com “No Hope in Sight”, já mostrando que a proposta é realmente um flerte aos tempos iniciais, um som lento, cadenciado, dando evidência aos vocais de Nick Holmes que regem magistralmente seus quase cinco minutos, mesclando as linhas vocais entre limpo e gutural, remetendo em alguns momentos a “Shades of God” [1992], sendo esta a primeira divulgação oficial do novo lançamento, trazendo uma lyric vídeo oficial.

Prosseguindo temos “Terminal”, que segue a premissa da faixa anterior, porém com um pouco mais de velocidade, evidenciando um rebuscado trabalho de bateria de Adrian, tendo um grade auxílio do veterano baixista Stephen Edmondson, fazendo um uníssono poderoso e empolgante.

Dando continuidade, vêm “An Eternity Of Lies”, faixa que apresenta violinos e passagens de teclado sinuosas e suaves, impressionando na mescla de elementos e principalmente nos backing vocals, incorporando uma energia gótica a sonoridade, trazendo a memória trechos memoráveis do intocável “Gothic” [1991].

Passando a diante, “Punishment Through Time”, traz novamente o lado cadenciado e arrastado, mostrando a grande interação entre os guitarristas Gregor e Aaron, riff pesados com algumas passagens melódicas que trazem brilhantismo e personalidade única ao petardo.

A quinta faixa, “Beneath the Broken Earth” segue a linha das anteriores, sendo esta a premiada para ser o vídeo-clipe de divulgação do disco, composição que faz uma crítica aos reinos que não valorizam o sonho e as vontades de seu povo, mostrando a face mais melancólica e reflexiva do álbum.

Não com menos polidez e genialidade temos as faixas “Sacrifice the Flame”, “Victim of the Past”, “Cry Out”, “Flesh from Bone” e “Return to the Sun”.

Ester Segarra

Em tratando-se de um dos mais evidentes nomes do Doom Metal, “The Plague Within”, mantém o Paradise Lost no Hall dos grandes lançamentos atuais, e como já é de praxe, os verdadeiros REIS, nunca perdem a sua MAJESTADE.

 

Encontre sua banda favorita