Em seus quase 30 anos de existência os ingleses do Paradise Lost já passaram por algumas fases distintas, saindo do Death/Doom, mergulhando no Gothic/Doom, se aventurando pelo Darkwave e felizmente voltando as raízes com seus últimos lançamentos.
Em 2015, o Paradise Lost lançou ‘The Plague Within’, um álbum espetacular que ganhou o gosto massivo dos fãs, Medusa é uma continuação perfeita, escrito nos mesmo moldes do seu antecessor. Porém cabe salientar, que há diferenças sutis entre os trabalhos, que os particularizam, não soando como uma copia ou sobras de estúdio. Exemplo do exposto é o uso de instrumentos de cordas (violões, violinos) tão presente em The Plague Within, dá lugar a teclados em Medusa.
“Fearless sky”, “No passage for the dead” e ” The longest winter”, são faixas arrastadas e pesadas, no melhor estilo doom. Blood and Chaos é única faixa rápida do álbum, que nos remete aos anos góticos da banda, talvez fora de encaixe na temática de Medusa, mas uma excelente faixa, que deve aparecer em alguns shows.
O poder vocal de Nick Holmes é notável, mesmo distante do Death de Lost Paradise, encontramos toda a potencia de guturais na medida certa, em passagem que se encaixam bem com o clima criado. O grande destaque em minha opinião é o trabalho do baterista, Väyrynen, este é facilmente o seu melhor baterista desde Lee Morris. Que acompanha o Vallenfyre, sabe o que estou dizendo.
Uma palavra que definiria Medusa seria, solidez. Como já citei o sucessor de The Plague Within, se gostou desse, não se decepcionará, com o outro. Sem duvida Medusa irá figurar entre os melhores do ano.
Faixas
1.Fearless Sky
2. Gods of Ancient
3.From the Gallows
4.The Longest Winter
5.Medusa
6.No Passage for the Dead
7.Blood & Chaos
8.Until the Grave
9.Shrines
10.Symbolic Virtue
Formação
Stephen Edmondson (Bass)
Aaron Aedy (Guitarra)
Waltteri Väyrynen (Bateria)
Gregor Mackintosh (Guitarras/teclados)
Nick Holmes (Vocal)
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9/10