Resenha: Papa Roach – Crooked Teeth (2017)

No início dos anos 2000, o Papa Roach explodiu no sucesso e virou uma das bandas mais tocadas nas rádios e MTV, isso devido ao seu álbum “Infest” (2000), segundo álbum da banda que trouxe vários sucessos, com “Last Resort“, “Broken Home” e “Between Angels And Insects“.

A popularidade da banda só aumentou com o passar dos anos, com mais sucessos liderando as paradas, como “Scars“, “Forever“, “Carry Me“, entre outras. A banda ainda tentou se aventurar em um território mais Pop, com os álbuns “The Connection” (2012) e “F.E.A.R.” (2015), com uma mixagem mais artificial e com elementos eletrônicos, o que afastou alguns fãs, mas aproximou outros.

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Agora em 2017 a banda apresenta o novo trabalho, “Crooked Teeth“, mais precisamente hoje, 19 de Maio. Produzido por Nicholas “RAS” Furlong e Colin Brittain, o álbum tem a proposta de voltar um pouco às origens, mas sem abandonar os elementos eletrônicos dos últimos dois álbuns.

Ao todo, o álbum apresenta várias composições ótimas, a trinca que abre o álbum, “Break the Fall”, a faixa-título e “My Medication” são nostalgia total, impossível não lembrar dos clássicos, onde a banda misturava um pouco de Rap nas faixas, com refrões pegajosos. A terceira com uma pegada bem calma e melódica em seu refrão é ótima.

Em seguida, “Born for Greatness” soa Pop demais, como no último álbum, muito artificial na mixagem, não me agradou, mas “American Dreams”, que já havia sido liberada, é uma total volta à origem, mais melódica e com o refrão forte, ótima linha de bateria, simples e direta.

Sexta faixa, chamada “Periscope”, é uma balada Pop/Rock com a participação de Skylar Grey, com guitarras abafadas nas versos, mais crua em seu início, vai crescendo até uma batida bem Pop tomar conta do refrão, sem dúvidas se tornará um single futuramente.

“Help” já é conhecida, conta com um começo acústico, com Jacob cantando uma parte do refrão, até que a faixa explode. Típica faixa do Papa Roach, com tudo bem grudento. Boa escolha para um single.

“Sunrise Trailer Park” conta com a participação do Rapper Machine Gun Kelly, tem um violão acompanhando uma batida Pop, com Jacob soltando suas rimas, sem exageros, lembrando um pouco Eminem; o refrão é bem melódico, agradável, e no segundo e terceiro verso temos o Rapper fazendo as rimas. Combinou bastante e faixa merece um destaque.

“Traumatic” conta com versos mais calmos e refrão mais agressivo, seguindo bem a estrutura da maioria das faixas. Boa faixa, mas pode passar despercebida para alguns.

“None Of The Above” é outra que já tinha sido liberada, conta com versos completamente Pop, mas o refrão é bom, pesado e melodioso, mostra bem a proposta do álbum, consegue mesclar bem o nostálgico com o moderno. Ótima escolha pra fechar o álbum em sua versão simples.

Na edição Deluxe, ainda têm mais 3 faixas bônus: “Ricochet”, “Nothing” e “Bleeding Through”, além de um segundo CD contendo versões ao vivo de várias faixas de sucesso da banda.

Quando uma banda decide experimentar novos elementos e eles dão certo, tem que se elogiar a atitude dos caras, e principalmente quando as origens não são esquecidas ou renegadas, como várias bandas tem feito, aí é de se aplaudir. Se não fosse pelo estilo único dos primeiros álbuns, o Papa Roach nem estaria fazendo os “experimentos” nos últimos álbuns, então dar valor ao passado, ao original, faz com certeza esse álbum ser valorizado. Pra quem gosta do estilo da banda, ouça e tenha os momentos nostálgicos que o autor teve durante a audição.

Formação:
Jacoby Shaddix (vocal);
Jerry Horton (guitarra, vocal de apoio);
Tobin Esperance (baixo, programação, vocal de apoio);
Tony Palermo (bateira).

Faixas:
01 – Break the Fall
02 – Crooked Teeth
03 – My Medication
04 – Born for Greatness
05 – American Dreams
06 – Periscope (featuring Skylar Grey)
07 – Help” 3:34
08 – Sunrise Trailer Park (featuring Machine Gun Kelly)
09 – Traumatic
10 – None of the Above

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