Resenha: Pandemmy & Abscendent – Obliteration (2019)

Se tem uma coisa que é novidade para mim, é o método do “slipt álbum”, que nada mais é do que um álbum feito por duas bandas. Apesar dessa tática ter sido bem comum principalmente no underground nos últimos tempos, a primeira vez que tive conhecimento da mesma foi com o “Obliteration”, feito pela banda brasileira Pandemmy junto com o trio italiano Abscendent.

De início, tomei conhecimento do disco por conta do Pandemmy, que é uma banda de Thrash/Death Metal daqui de Recife, que fará 10 anos de atividade esse ano, a qual acompanho desde os seus primórdios. O “Obliterarion” está sendo seu terceiro trabalho em estúdio, sendo esse também o primeiro contando com Rayanna Torres no vocal.

Já o Abscendent, banda de Death Metal originária da cidade de Lazio, na Itália, foi uma completa novidade para mim. Pelo que vi na biografia deles, eles também tem apenas dois discos lançados, tendo o último (Deliverance) sido lançado ano passado.

O “Obliteration” possui 10 faixas, tendo cada banda sido responsável por 5 de cada, sendo elas uma intro, três autorais e um cover.

Sem mais delongas, vamos começar falando da parte referente ao Pandemmy.

Por conhecer bem a banda, achei a intro “Monstera” um tanto peculiar, pela sonoridade parecer bastante de uma banda de Power Metal, por ter sido feita toda com linhas de teclado. Mas claro, isso não significa que a mesma não tenha ficado boa.

Por parte do Pandemmy, a pegada dessa primeira parte do disco ficou mais puxada para o Thrash, suas três faixas autorais tem como característica a velocidade dos riffs e o gutural mais fechado de Rayanna Torres.

Enquanto o cover de “Them Not Me”, do Motorhead, se diferencia mais do original por conta do timbre de guitarra e dos vocais guturais, mas fora isso, toda a instrumentalidade ficou equivalente, pois a faixa já tem uma pegada mais Thrash por natureza.

No mais, o Pandemmy voltou a ressaltar mais a velocidade do Thrash Metal em sua sonoridade, tendo entregue aquilo que os fãs já esperavam (com exceção da intro, que soou completamente diferente do que se espera da banda).

FORMAÇÃO DO PANDEMMY:

Rayanna Torres – vocal

Pedro Valença – guitarra

Guilherme Silva – guitarra

Marcelo Santa Fé – baixo

Jhoni Rodrigues – bateria

TRACKLIST:

  1. Monstera
  2. Fear Of Choosing a Side
  3. Unwitnessed
  4. Withholding
  5. Them Not Me (Motörhead cover)

Não conheço o Abscendent tão bem quanto conheço o Pandemmy, mas já na primeira audição da parte deles do “Obliteration” percebi que eles bebem bastante da fonte da banda “Death”, apresentando um Death Metal pesado, mas bastante cadenciado, tendo um pouco mais de velocidade na faixa “Shrine Of Inumanity”.

A intro “Elegy” já soou bem típico de um trabalho de Death Metal, enquanto as faixas autorais (com a exceção da citada no parágrafo anterior) mantem o padrão que citei anteriormente, isso sem esquecer do constante pedal duplo ao longo das músicas

O cover escolhido por eles ressalta ainda mais a influência deles do “Death”, e não falo isso só pela música ter sido uma da clássica banda (Spirit Crusher), mas também pela mesma ter soado praticamente igual a original.

De qualquer forma, o som do Abscendent não deixa de ser agradável de ouvir, mas não chega a ser nada de muito diferente de outras do mesmo estilo que já ouvi.

FORMAÇÃO DO ABSCENDENT:

Gabriele Velliucci – vocal e guitarra

Luca Ricardelli – baixo

Davide Tomadini – bateria

TRACKLIST:

  • Elegy
  • Veneration Of The Unspeakable
  • Relinquishment
  • Shrine Of Inumanity
  • Spirit Crusher (Death cover)

Nota: 8

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