O idioma inglês, ao longo dos séculos, foi se tornando um dos mais falados em todo o mundo, e de certa forma, facilitou a comunicação entre diferentes nações. Na música, isso não foi diferente, com grupos dos mais variados lugares e estilos, compondo principalmente em inglês, para uma maior vinculação de sua arte, tornando então algo bem natural. Mas, e quando uma banda brasileira resolve compor em alemão? Aí, já não é algo muito comum, certo? Mas, existem explicações… Confiram:

A banda Older Jack, foi fundada em 2004, na cidade de Pomerode – que por sua vez é conhecida como “A cidade mais alemã do Brasil” – situada no estado de Santa Catarina. Na cidade, existe a presença de três grupos lingüísticos utilizados: alemão, pomerano e obviamente, o português. Daí então, a explicação.

Curiosidades à parte, os músicos trouxeram em seu tardio material de estreia, oito composições diferenciadas, que dão a impressão de terem sidos forjadas com diferentes elementos, como um pouco de Stoner, algo de Groove, Heavy Metal, e talvez uma aura vinda do Thrash e daquele Rock’n’Roll bem sujo e pesado. Mas, creio que isso vá de acordo com a interpretação de cada ouvinte.

É bem fácil notar, que a captação de áudio é boa, bem como a eficiente produção, que soube amparar a proposta dos integrantes, ao seguirem seus instintos de forma honesta – o que é louvável. Além disso, apesar do ar germânico que o álbum passa (obviamente pelos interessantes vocais de Curt), este é sim, o trabalho de uma banda brasileira, e isso sentimos fácil.

Mas, apesar da inegável qualidade do material em si, devo salientar algumas observações, como o fato de que a maioria das músicas serem demasiadamente longas e até mesmo um pouco repetitivas (vide o caso da abertura “Öl und Blut”, e alguns riffs ao longo da audição) – que poderiam ter sido “enxugadas” perfeitamente. Outra coisa que é perceptível (e que pode ser observada pela banda), é que, em um vindouro segundo lançamento, poderiam apostar em um pouco mais de velocidade aqui e ali, e em canções mais diretas, para criar variedade, e não deixar que a repetição tome conta, pois o ritmo das composições, é predominantemente mais cadenciado e quebrado – independente da proposta.

No mais, é uma sonoridade diferenciada, e uma audição curiosa, e que vale a pena – você leitor – conferir… so schnell wie möglich!

Formação:
Curt Klitzke (vocal);
Hermann Wamser (guitarra);
Deivid Wachholz (guitarra);
César Rahn (baixo);
Bruno Maas (bateria).

Faixas:
01. Öl und Blut
02. Metal Über Alles
03. Fosa
04. In Namen das Geldes
05. Luft (instrumental)
06. Macumba
07. Wahnsinn
08. Das Ende.

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