Resenha: Oceans Of Slumber – The Banished Heart (2018)

Então vamos a mais uma resenha movida a empolgação desse que escreve aqui, esse sem dúvida era o lançamento mais aguardado de 2018 e não estou falando do novo do Judas Priest. A banda americana, ainda pouco conhecida no Brasil, Oceans Of Slumber, foi responsável pelo melhor álbum de 2016, “Winter”, e agora lança “The Banished Heart” que chegou as lojas nesse mês de março, mais precisamente no dia 02. “The Banished Heart” reflete bem o momento da banda, “…os últimos anos foram turbulentos. Quando você junta  várias pessoas criativas e emocionais as vezes as coisas ficam instáveis. Tivemos problemas internos e familiares, estavam tentando nos derrubar de dentro para fora. ‘The Banished Heart’é um reflexo desses sentimentos pessoais. “

“The Decay of Disregard” é a faixa de abertura, e foi também a primeira faixa divulgada, são nove minutos aonde os vocais emotivos de Cammie Gilbert fornecem a combustão perfeita pra fazer o ouvinte flutuar, notas de pianos e riffs de guitarras pesados e profundos tão a certeza de que o Oceans Of Slumber conseguiu acertar de novo.

“Fleeting Vigilance” começa bem mais lenta, mas os vocais Death Metal de Sean Gary levam a música para outro nível, a letra é linda e lembra que embora as flores de Lily of the Valley sejam bonitas, embalam um veneno perigoso. “At Dawn” é mais uma bem longa, fala sobre sentir saudades mas não retornar e se sentir bem com isso. Possuem passagens lentas e o violão tocado com fúria, belíssima faixa.

A faixa título foi o segundo single, divulgada em janeiro é a maior faixa do álbum, fala sobre alguém banido, e é linda. Mas uma vez Carmmie expressa tanta emoção na música que sentimentos de vulnerabilidade, amargura e indignação se misturam é a trilha sonora perfeita pra dias tristes e chuvosos.

“The Watcher” serve pra da uma pausa em tamanha densidade, é uma faixa instrumental que funciona como um interlúdio para “Etiolation” que traz Keegan Kelly com seu baixo em destaque, “A Path to Broken Stars” é uma linda faixa que fala sobre sonhos que tivemos a vida toda e que nunca foram alcançados. A próxima faixa é “Howl of the Rougarou”, na sabedoria francesa, um “Rougarou” é o equivalente a um lobisomem, criaturas torturadas que agora ganham sua trilha sonora.

“Her in the Distance” é uma pequena peça de piano enquanto “No Color, No Light” tem cara e jeito de “hit”, conta com a participação do vocalista Tom Englund do Evergrey, sobre a faixa o baterista Dobber comentou: “No Color, No Light’ foi a última música que a banda escreveu para o álbum é nossa resposta a morte do amor. Uma música sobre atravessar a escuridão e perseguir as sombras para encontrá-la. Você responderia à chamada? Não espere … “

“Wayfaring Stranger” fecha o álbum com um som viajante de “apenas” quatro minutos. Ouvir esse álbum é uma experiencia surpreendentemente emocionante, o Oceans Of Slumber acertou mais uma vez principalmente por fazer aquilo que o fã, eu, esperava. Já estou esperando minha cópia, que mais uma vez importei, chegar, passando da hora das gravadoras abrirem os olhas e lançarem os álbuns da banda por aqui.

Formação:
Cammie Gilbert (Vocals)
Anthony Contreras (Guitar, Backing Vocals)
Sean Gary (Guitar, Vocals)
Keegan Kelly (Bass, Backing Vocals)
Dobber (Drums, Piano/Synths, Guitar)

Faixas:
1. The Decay of Disregard
2. Fleeting Vigilance
3. At Dawn
4. The Banished Heart
5. The Watcher
6. Etiolation
7. A Path to Broken Stars
8. Howl of the Rougarou
9. Her in the Distance
10. No Color, No Light
11. Wayfaring Stranger

Encontre sua banda favorita