Então, o Nickelback é daquelas bandas que você ama ou odeia. Os caras sempre procuraram dar vida aos seus trabalhos e sequer se preocupam com o negativismo relativo a aceitação do mesmo, pode-se considerar um quesito para o sucesso. “Feed the Machine” veio para mostrar o quanto a banda evoluiu em termos de criatividade e amadurecimento com o passar dos anos.
Recentemente surgiu nas redes sociais trocas de ofensas entre Corey Taylor (Slipknot, Stone Sour) e Chad Kroeger (vocal), fato que também não tira o profissionalismo e talento de ambos, coisa que beira a uma disputa de egos apenas. Neste disco, encontramos uma banda mais entrosada e alinhada em todos os setores. Diferente do anterior “No Fixed Address” temos aqui um disco com mais feeling e peso, sempre dosados e longe de algo cansativo e exageros desnecessários. A voz de Chad soa mais limpa e muito mais diversificada, assim como os riffs impostos com melodia e peso e o interessante é que procuraram também não abusar muito efeitos, os solos também foram encaixados na hora certa, curtos e precisos. No quesito cozinha (baixo e bateria) conseguem em certos momentos resgatar um pouco da pegada Grunge “noventista”, as nuances sincopadas da bateria vieram a calhar juntamente com o baixo que se mostra mais destacado em todas as faixas.
São onze músicas todas com a mesma qualidade e longe de deixarem um disco cansativo. “Feed The Machine” faixa título que abre o disco já deixa de forma positiva o que podemos esperar, o cartão de visitas mostra muito peso e riffs bem encaixados, seguida por “Coin For The Ferryman” que mantém a pegada com mais Groove. Obvio que teríamos também aquelas famosas baladas e a banda sabe bem como conduzir, pois “Song On Fire” dá início ao tema, boa música pra ser ouvir em qualquer horário do dia. “Must Be Nice” é empolgante e diferente, se esbarra em um funk “setentista” fácil, “After the Rain” é densa, cadenciada e simples, mas não deixa a desejar.
“After the Rain” soa como se estivesse ouvido em outros tempos, devido a voz marcante de Chad e as melodias impostas, música que agrada fácil e gruda no cérebro de primeira. “For the River” é um dos pontos altos do disco, assim como “Home” disparada, sem sombra de dúvidas a melhor, quiçá, uma das melhores feitas pela banda até hoje, intensa, marcante, refrão excelente, ou seja, perfeita do início ao fim. “The Betrayal (Act III)” mescla peso e melodia com um potente refrão, intensa do início ao fim. “Silent Majority” é aquela perfeita pra dirigir sem se preocupar com a vida, grande destaque também para o refrão, que ecoa na mente.
As duas últimas misturam um pouco de tudo que tivemos no disco, “Everytime We’re Together” procura soar como algo “desplugado” em certos momentos e “The Betrayal (Act I)” soa completamente “desplugada”, que belo trabalho de violões! Uma canção instrumental digna de se encerrar um belo disco. Para os que curtem o trabalho da banda, se não ouviu ainda, OUÇA! Para os que não curtem, ouça também!
Banda:
- Chad Kroeger– vocal, guitarra
- Ryan Peake– guitarra
- Mike Kroeger– baixo
- Daniel Adair– bateria
Músicas:
1.Feed The Machine
2.Coin For The Ferryman
3.Song On Fire
4.Must Be Nice
5.After The Rain
6.For The River
7.Home
8.The Betrayal (Act III)
9.Silent Majority
10.Every Time We’re Together
11.The Betrayal (Act I)