Resenha: Monstrosity – The Passage of Existence (2018)

A espera acabou: após 11 longos anos, o MONSTROSITY volta a lançar um álbum de estúdio, o sexto de sua carreira. E aqui temos um disco que fez valer a pena esperar tanto tempo.

Em “The Passage of Existence“, a banda que já teve em sua formação George Corpsegrinder e Pat O’ Brien (CANNIBAL CORPSE) nos brinda com um disco em que o foco é no Death Metal, porém, aqui temos a harmonia entre o peso, técnica e melodia nos solos de guitarra. E em cada música iremos destacar estes elementos que se mostram tão presentes.

Lançado em 7 de setembro via Metal Blade Records (aqui no Brasil foi lançado em versão digipack pela Marquee Records), com produção de Jason Suecof e gravado em três diferentes estúdios: a bateria foi gravada no “Audiohammer Studios” (Stanford, Flórida); As guitarras e baixo foram gravados no “Ascension Sound” (Tampa, Flórida), enquanto que os vocais foram gravados no “Redneck Studios“, de propriedade do OBITUARY (Gibston, Flórida).

O disco abre com a apoteótica “Cosmic Pandemia“, onde a banda mostra toda a sua técnica, com riffs intrincados e um solo melódico,  com um andamento mais rápido em seu final. Excelente canção.

Kingdom Of Fire” traz a medida de que o MONSTROSITY pode ser versátil. A música começa com a brutalidade típica do Death Metal, com várias mudanças em seu andamento, onde o solo com bastante melodia dá as caras.

Em “Radiated“, a pancadaria pura e simples dá as caras, onde as guitarras ditam as regras. É música pra fazer qualquer moshpit se tornar uma área de risco.

A pancadaria sonora se mantém firme em “Solar Vaccum“. Aqui destacamos a velocidade do baterista Lee Harrison.

Em “The Proselygeist“, os caras tiraram um pouco o pé do acelerador, mas a mão segue pesada. Aqui, guitarras e bateria fazem seu trabalho de forma excelente. Melhor música do disco.

Maelstrom” é a música mais criativa do álbum, pois mistura em sua intro elementos modernos, Death Metal e melodia no solo, enquanto que ela se desenvolve brutal, com flertes com o Metal e até mesmo com o Hard Rock.

A pancadaria volta com “Eyes Upon The Abyss“. Velocidade, peso e técnica são os itens que abrem alas para que o Death Metal brutal seja destilado. O solo com mais melodia e direito a boas passagens do baixista, que aqui fez um ótimo trabalho.

Dark Matter Invocation” mantém o bom nível do disco, todos os elementos aqui são bem utilizados. Impressionante como aqui o solo (desculpem a redundância) melódico caiu bem com as bases pesadas. A brutalidade no final ficou maravilhoso.

Em “The Hive”, temos um começo mais lento, para que, em seu desenvolvimento a música ganhe corpo e explore os elementos das anteriores.

Eternal Void” traz de novo o Death Metal, sem muitas firulas. A mais brutal do álbum.

“Century” trabalha em duas frentes: A melodia nos solos, bem como a brutalidade típica da banda. Aqui a harmonia entre estes dois elementos beira a perfeição.

Slaves to the Evermore” fecha o álbum da mesma forma épica que “Cosmic Pandemia” abriu, só que aqui a levada é a velocidade da luz quase que por todos os seus mais de seis minutos.

Um álbum muito bom e que certamente estará na minha lista dos melhores de 2018. Recomendo!

Formação:

Lee Harrison: Bateria

Michael Poggione: Baixo

Mark English: Guitarra

Mike Hrubovcak: Vocal

Matt Barnes: Guitarra

Track list:

  1. Cosmic Pandemia
  2. Kingdom of Fire
  3. Radiated
  4. Solar Vaccum
  5. The Proselygeist
  6. Maelstrom
  7. Eyes Upon the Abyss
  8. Dark Matter Invocation
  9. The Hive
  10. Eternal Void
  11. Century
  12. Slaves to the Evermore

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