A espera acabou: após 11 longos anos, o MONSTROSITY volta a lançar um álbum de estúdio, o sexto de sua carreira. E aqui temos um disco que fez valer a pena esperar tanto tempo.
Em “The Passage of Existence“, a banda que já teve em sua formação George Corpsegrinder e Pat O’ Brien (CANNIBAL CORPSE) nos brinda com um disco em que o foco é no Death Metal, porém, aqui temos a harmonia entre o peso, técnica e melodia nos solos de guitarra. E em cada música iremos destacar estes elementos que se mostram tão presentes.
Lançado em 7 de setembro via Metal Blade Records (aqui no Brasil foi lançado em versão digipack pela Marquee Records), com produção de Jason Suecof e gravado em três diferentes estúdios: a bateria foi gravada no “Audiohammer Studios” (Stanford, Flórida); As guitarras e baixo foram gravados no “Ascension Sound” (Tampa, Flórida), enquanto que os vocais foram gravados no “Redneck Studios“, de propriedade do OBITUARY (Gibston, Flórida).
O disco abre com a apoteótica “Cosmic Pandemia“, onde a banda mostra toda a sua técnica, com riffs intrincados e um solo melódico, com um andamento mais rápido em seu final. Excelente canção.
“Kingdom Of Fire” traz a medida de que o MONSTROSITY pode ser versátil. A música começa com a brutalidade típica do Death Metal, com várias mudanças em seu andamento, onde o solo com bastante melodia dá as caras.
Em “Radiated“, a pancadaria pura e simples dá as caras, onde as guitarras ditam as regras. É música pra fazer qualquer moshpit se tornar uma área de risco.
A pancadaria sonora se mantém firme em “Solar Vaccum“. Aqui destacamos a velocidade do baterista Lee Harrison.
Em “The Proselygeist“, os caras tiraram um pouco o pé do acelerador, mas a mão segue pesada. Aqui, guitarras e bateria fazem seu trabalho de forma excelente. Melhor música do disco.
“Maelstrom” é a música mais criativa do álbum, pois mistura em sua intro elementos modernos, Death Metal e melodia no solo, enquanto que ela se desenvolve brutal, com flertes com o Metal e até mesmo com o Hard Rock.
A pancadaria volta com “Eyes Upon The Abyss“. Velocidade, peso e técnica são os itens que abrem alas para que o Death Metal brutal seja destilado. O solo com mais melodia e direito a boas passagens do baixista, que aqui fez um ótimo trabalho.
“Dark Matter Invocation” mantém o bom nível do disco, todos os elementos aqui são bem utilizados. Impressionante como aqui o solo (desculpem a redundância) melódico caiu bem com as bases pesadas. A brutalidade no final ficou maravilhoso.
Em “The Hive”, temos um começo mais lento, para que, em seu desenvolvimento a música ganhe corpo e explore os elementos das anteriores.
“Eternal Void” traz de novo o Death Metal, sem muitas firulas. A mais brutal do álbum.
“Century” trabalha em duas frentes: A melodia nos solos, bem como a brutalidade típica da banda. Aqui a harmonia entre estes dois elementos beira a perfeição.
“Slaves to the Evermore” fecha o álbum da mesma forma épica que “Cosmic Pandemia” abriu, só que aqui a levada é a velocidade da luz quase que por todos os seus mais de seis minutos.
Um álbum muito bom e que certamente estará na minha lista dos melhores de 2018. Recomendo!
Formação:
Lee Harrison: Bateria
Michael Poggione: Baixo
Mark English: Guitarra
Mike Hrubovcak: Vocal
Matt Barnes: Guitarra
Track list:
- Cosmic Pandemia
- Kingdom of Fire
- Radiated
- Solar Vaccum
- The Proselygeist
- Maelstrom
- Eyes Upon the Abyss
- Dark Matter Invocation
- The Hive
- Eternal Void
- Century
- Slaves to the Evermore