Resenha: Monstractor – Recycling Thrash (2015)

Logo de início, os fãs de Metal pesado rapidamente se identificarão com a brutalidade da excelente banda Monstractor. Thrash Metal visceral e de uma qualidade incrível faz o debut da banda estar entre os principais álbuns lançados no Brasil em 2015.

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O conjunto foi formado em 2012 na cidade de Resende/RJ, por iniciativa do trio Klein “Monstractor” (vocais), Diego “Monsterman” (guitarra) e Demetrios M. (bateria). Curiosamente, o conjunto conseguiu manter a formação intacta, sem alterações, provando que o entrosamento é muito importante na hora de produzir.Isso fica evidente na audição do álbum de estreia “Recycling Thrash”, lançado em 2015.

Soando sempre pesadas, as faixas apresentam muito qualidade de produção. Músicas mais rápidas em meio a outras mais cadenciadas mostram a identidade do furioso grupo, que chegou e fincou seu nome no cenário. Duvido muito que alguém consiga manchar ou até mesmo denegrir a competência musical desse trio de aço.

Abrindo o álbum de forma grandiosa, a música “Take The Suffering” parece uma locomotiva descarrilada no meio de uma guerra. Brutal do início ao fim, ela deixa como marca de abertura que o disco será uma destruição sem limites.

“Bermuda Triangle” mantém a pegada inicial e se mostra rápida e muito pesada. Destaque para a participação do consagrado Marcelo Pompeu (Korzus), que abrilhanta ainda mais a música.

Soando Thrash Metal com influências de Motörhead, “Monsterman” se torna uma das faixas mais densas e com um groove incrível. A cozinha soa precisa, dando toda liberdade para a guitarra manter o peso. Música que fará qualquer headbanger bater cabeça do início ao fim.

Com introdução mais cadenciada, “Lycanthrone” logo se torna um Thrashão sedento de riffs pesados e cozinha batendo igual a um motor. Klein rasga seus vocais em uma verdadeira aula à parte, mostrando todo o vigor e alcance de seu vocal monstruoso.

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Peso e melodia se encontram em perfeita sincronia na faixa “Whiskey Hangover”.Mais uma vez o Monstractor se comunica com seu ouvinte de forma direta e raivosa, uma grande faixa, cheia de groove e variações.

“Thrashera casca grossa” – assim defino o início de “Brazilian Roswell”, uma música com todas as características básicas do estilo. Riffs rápidos, bateria intensa igual uma metralhadora, baixo preciso como um canhão e muito feeling por parte dos músicos.

“Death By Walrus” tem início com bateria e baixo fazendo uma espécie de suspense para a entrada da guitarra. Com início mais cadenciado, a música se torna a mais propensa ao Thrash Metal moderno, qualidades são inúmeras e aqui a banda prova que consegue mesclar muito bem o Thrash “old school” com o Thrash mais moderno que surgiu no fim dos anos 90.

Tecnicamente precisa, violência do início ao fim, peso e melodia andam de mãos dadas. Uma referência extrema ao melhor que já existiu em se falando de música pesada se encontra em “Immortal Blood”.Podemos afirmar que se essa não for a melhor musica do álbum, está entre as melhores.

Impossível não reparar que o trabalho todo possui uma virtude ímpar, tornando impossível parar o pescoço. A cada nova faixa fica nítido que os músicos não vieram para apenas ser mais uma banda em nosso cenário!Podemos confirmar isso na faixa “Vultures”.Com uma construção totalmente diferente das outras, a música possui uma variada escala de ritmos e harmonias. Sempre mantendo o peso como base sólida, a música flerta diretamente com o Heavy, Thrash e até mesmo o Death Metal.

“Corrosive Envy” é mais direta e dinâmica. Klein “Monstractor” mudo seu estilo vocalaqui. Ele muitas vezes nos remete ao White Zombie. Uma faixa um pouco mais comercial que as anteriores, mas que não perde sua qualidade e sua originalidade.

Na sequência, a porrada “11 The 4th Kind”. Podemos descrever como uma das mais rápidas de todo o CD.Vociferando a letra, Klein se demonstra um grande vocalista, sem contar a técnica usada na guitarra por Diego, que em certos momentos parece mais rápida que a luz. Vale ressaltar que sem a qualidade técnica de Demetrios, isso não seria possível.

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Monstractor surpreende do início ao fim pela demonstração de técnica e qualidade. Impossível não destacar que esse trabalho é composto e criado por um trio representante do melhor que existe no estilo.O Monstractor é uma realidade que prova ao cenário brasileiro que não precisamos ir muito longe para encontrar música de extrema competência.

Sou suspeito em dizer que muito em breve eles serão considerados uma das principais bandas do Brasil em se tratando de Thrash Metal.

Formação:
Klein “Monstractor” (voz/baixo);
Diego “Monsterman” (guitarra);
Demetrios M. (bateria).

Page: https://www.facebook.com/Monstractor/?fref=ts

Monstractor – Recycling Thrash (2015):
01 – Take The Suffering (03:38)
02 – Bermuda Triangle (04:04)
03 – Monsterman (04:11)
04 – Lycanthrone (04:33)
05 – Whiskey Hangover (03:34)
06 – Brazilian Roswell (03:36)
07 – Death By Walrus (04:19)
08 – Immortal Blood (03:12)
09 – Vultures (04:28)
10 – Corrosive Envy (04:43)
11 – The 4th Kind (04:09)
12 – The Brood (Expantor Cover) (03:39)

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