Resenha: Molten Gold – Molten Gold [EP] (2017)

A paixão pela música sempre me levou a conhecer um pouco mais do Rock e Metal e o resultado foi que isso me levou além do oceano atlântico, por amor, por família, e pela música, e estar em novas terras apenas alimentou o desejo por saber o que a Noruega tinha a mais além do Black Metal, e considerando tudo que ouvimos falar sobre bandas escandinavas eu admito que o território musical por aqui é desconhecido e isso sempre só alimentou minha sede por descobrir o que mais este belo país poderia ter, assim começou a saga “Além das fronteiras do Black Metal” e passados alguns poucos meses eu posso afirmar que o mundo não conhece o que o Rock e Metal norueguês tem a oferecer, e acredite em mim, estamos falando de algo muito além de Black Metal. E eis que eu encontrei um verdadeiro tesouro na capital do país, Oslo, que brilha tanto quanto o próprio nome, estamos falando da banda MOLTEN GOLD e de seu curto mas sensacional EP homônimo lançado em 2017.

A banda de cinco integrantes que trás o peso de influências como Led Zeppelin, Rush, The Doors, Captain Beyond, Uncle Acid & the Deadbeats, Ruphus, Rainbow, Rival Sons e Saint Karloff realmente me impressionou, ainda mais considerando o timbre, o estilo adotado e o trabalho perfeito em um primeiro EP.

Eu tive o privilégio de conhecer o trabalho da banda e receber em casa o álbum em versão vinil, então apenas imagine a minha satisfação em escutar este trabalho, logo eu, uma apaixonada por bandas nos anos 70 e 80, a satisfação não poderia ser maior e eu vou explicar abaixo a razão.

A banda Molten Gold possui uma linha muito próxima de titãs do Rock, como Deep Purple e uma das minhas favoritas, Uriah Heep, e o trabalho deles não poderia ser mais fiel a isso e você pode ter certeza disso logo na primeira faixa ‘Sons Of The Morning Star‘ então você encontrará toda aquela velha climática conhecida, com vocal envolvente, guitarras sutis e os teclados clássicos estão lá, e tudo parece ter sido puxado diretamente através do tempo.

A próxima faixa foi justamente quando meus ouvidos pararam pra prestar mais atenção nestes caras, ‘Molten Gold’ soa tão deliciosamente setentista que a conexão é imediata, isso com direito a várias quebras sonoras com grandes influências de progressivo e um solo rápido de bateria.

‘Kneel and Pray’ possui riffs preciosos e as elevações de vocal são magníficas, tudo sempre envolvido na teia dos teclados de Anders Pedersen, então chegar a ‘One Life, One Fire‘ é um tiro no peito, sim, temos uma balada pra apreciar neste álbum e ela soa tão Uriah Heep, com todo o grupo trabalhando de forma precisa e harmoniosa onde cada elemento esta tão precisamente disposto que é impossível não se sentir curiosa sobre o que eles podem fazer a seguir. Infelizmente fechamos o álbum falando sobre essa despedida curta chamada ‘Mountaillou’ apenas instrumental, e eu só posso dizer que se você quer conhecer o que mais a Noruega tem a oferecer do que Black Metal então comece olhando pra este tesouro da capital, guitarras melodiosas de Jørn Helge Dahl, um trabalho explendido do baterista Håvard Wien e linhas de baixo de Tron Ingar Morstad fornecendo um plano de fundo perfeito pra quem ama Rock Clássico. Destaque para o tecladista Anders Pedersen.

Eu apenas posso esperar ansiosa pelo que esses rapazes podem fazer a seguir.

Membros da banda:

Anders Pedersen – Teclados
Håvard Wien – Bateria
Jørn Helge Dahl – Guitarras
Tron Ingar Morstad – Baixo

Alexander Lykke – Vocal

Track listing

01. Sons Of The Morning Star

02. Molten Gold

03. Kneel and Pray

04. One Life, One Fire

05. Mountaillou

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