Resenha: Magoth – Zeitgeist : Dystopia (2018)

São tempos de falar de Black Metal, e não estamos falando do cenário escandinavo como de costume, é o momento certo para direcionar nossos ouvidos ao cenário alemão e para o segundo lançamento da banda Magoth, ‘Zeitgeist: Dystopia’.

Formada em 2011, a banda MAGOTH foi criada como um projeto paralelo do guitarrista e cantor “Heergott”. A intenção de criar um projeto que pudesse divergir de bandas costumeiras particularmente no complexo comum de temas deu origem a seis canções, que foram gravadas em um estúdio mas não publicadas na época.

Com a união ao guitarrista e cantor do underground “Shagnar” em 2013, planos concretos para o lançamento das músicas como uma demo player foram feitos sob o título de “Der Toten Gesang”.

Ensaios com o baterista “Widrir” em 2015 revelaram o verdadeiro potencial do som que os riffs brutos e crus são frequentemente cruzados por passagens atmosféricas e elementos de Doom.

Em cooperação com o Liquid Aether Audio, a demo player foi organizada e lançada no dia 4 de abril de 2016.

Devido à confirmação de vários shows, a posição do baixista foi primeiramente preenchida por um músico convidado, mas pouco tempo depois assumida por “Havoc“.

Em 30 de junho de 2017, a banda MAGOTH lançou seu primeiro full-length sob o título “Anti Terrestrial Black Metal“. Um álbum arbitral para o estilo, uma mescla atenuada entre elementos de Doom, atmosfera surpreendente e uma identidade única nas linhas negras do metal.

Lançado no dia 9 de novembro de 2018 “Zeitgeist: Dystopia” mantém o mesmo nível de qualidade de seu antecessor com novas camadas de sofrimento e dor.

Sem dúvida um dos maiores destaques deste álbum seja os níveis vocais de Heergott injetando emoção enquanto se cruza as linhas de guitarras vigorosas que atenuam os refrões e trazem uma audição mais confortável aos ouvidos.

“Once Ylem Began” dispõe aos ouvintes uma faixa dilacerante com um dos melhores duo de guitarras do álbum sendo seguida por “Rise” e toda a carnificina impiedosa do gênero, lembrando que existem diferenças distintas entre este álbum e Anti Terrestial Black Metal, sendo este cuidadosamente trabalhado sobre as guitarras, passagens de tempo notáveis e quase é possível mencionar que se trata de um álbum conceitual embora este não tenha sido o propósito.

https://youtu.be/-aifGXpOL6E

Above the Sacred Lands” é outra faixa hipnotizadora com riffs vigorosos enquanto as passagens de instrumental pareadas ao vocal funcionam ferozmente mantendo cada nota em sua mente.

“Rise”,”Zenith”, “Decay”  e “Infinity” são as melhores composições neste álbum e é possível observar o crescimento destes músicos em sua própria identidade, mantendo o trabalho em uma história de medo, dor e sofrimento em músicas detalhadas, com reviravoltas muito além da raiva e agressividade.

https://youtu.be/jp6TbtrImos

Track listing

1 – Rise
2 – Once Ylem Began
3 – Sinister Forces Arose
4 – Above the Sacred Lands
5 – Zenith
6 – Beneath All Venom and Void
7 – The Fates of Resurrection
8 – Summoning the Apocalypse
9 – Decay
10 – When Tyrants Shall Fall
11 – Solidified Ashes Awake
12 – The Nemesis of a Blaze
13 – Infinity

Membros da banda

Heergott – Vocais e Guitarra
Shagnar – Guitarra
Widrir – Bateria
Havoc – Baixo

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