Resenha: Lyrre – Not All Who Dream Are Asleep

O Eluveitie já teve diversos integrantes que formaram novos projetos após as suas respectivas saídas da banda. O Cellar Darling – formado por Anna Murphy, Ivo Henz e Merlin Sutter – é a banda que talvez teve o maior êxito.

No ano de 2022, outra banda de uma ex-integrante do Eluveitie (Michalina Malisz) foi formada: Lyrre. Criada logo após a sua saída do Eluveitie, Michalina passou a atualizar as suas redes sociais com teasers do seu novo projeto. Em agosto saiu o single de estreia, “Divide And Conquer”, revelando que a musicista não só seguiu com o seu “instrumento principal” – o Hurdy Gurdy, como também assumiu o posto de vocalista.

O disco de estreia, “Not All Who Dream Are Sleep”, foi lançado na última quinta-feira (30) de forma independente. Se juntaram a vocalista, Piotr Martuś (guitarra), Miłosz Buśko (baixo) e Tomasz Młóciński (bateria). Ao contrário do Cellar Darling, no qual Anna Murphy não focou no Hurdy Gurdy (ela também era responsável pelo instrumento, na sua antiga banda) e utilizou instrumentos de sopro na sonoridade da banda, Malisz fez do incomum – para nós – instrumento de corda, um dos principais pilares da sonoridade da banda.

Com cinco singles lançados de forma promocional, deram uma boa noção de como seria o disco de estreia. Com paisagem sonora remetendo aos tempos medievais europeu, muito groove e um pouco do Modern Metal e seus efeitos eletrônicos, o Lyrre conseguiu fazer uma grande estreia.

A faixa título, é um interlude que resume bem como a fusão entre paisagens sonoras eletrônicas e do Folk Metal (fruto do Hurdy Gurdy), foi bem mensurada no álbum. A sequência é com o segundo single promocional lançado, “North Star”, mostrando como poderia ser definido um “Modern Folk Metal”, com riffs de guitarras poderosíssimos de Piotr Martuś, que também é um dos destaques do álbum. Entretanto o primeiro cartão de visitas, “Divide And Conquer”, é uma das faixas que mais lembra o Eluveitie, devido ao peso e dinâmica que ela possui (destaque também para o baterista, Tomasz Młóciński). E no caso, esse tipo de comparação é mais que bem vinda.

Na época do Eluveitie, Malisz nunca se envolveu com as partes vocais da banda. Então é normal que uma boa parte das atenções fosse direcionada para esta nova função da musicista. A faixa, “Chariot of Sun”, é uma das faixas no qual ela apresenta o seu melhor desempenho no papel de frontwoman; Porém, Malisz soa um pouco tímida no seu novo papel, entregando refrão tímidos nas nove faixas que compõe o álbum. Destaco as outras três faixas que não foram lançadas previamente: “Valley of Tears”, “Peaceful Chaos” e “Forgive and Forget”. As músicas não só mostraram que não são o tipo de faixa para apenas preencher os “espaços do álbum”, como também evidenciaram toda a qualidade dos arranjos e entrosamento dos seus integrantes.

Em “Not All Who Dream Are Sleep”, o Lyrre estreou em grande estilo, criando expectativas para as execuções das faixas ao vivo, e dos seus próximos passos.

Imagem dos integrantes do Lyrre
Reprodução: Facebook/Lyrre

Lyrre – Not All Who Dream Are Sleep
Data de Lançamento: 30/03/2023
Gravadora: Independente

Formação:
Michalina Malisz (vocais e Hurdy Gurdy)
Piotr Martuś (guitarra)
Miłosz Buśko (baixo)
Tomasz Młóciński (bateria)

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