O KRISIUN soltou dia 7 de setembro, o seu mais novo álbum, “Scourge of The Enthroned“, via Century Media, o 11º da carreira. E os gaúchos mostraram porque são referência na cena Death Metal no planeta.

Gravado no estúdio “Stage One”, em Bühne, Alemanha e com produção da própria banda junto com Andy Classen, que já trabalhou com a banda em “Conquerors of Armageddon” (2000), “Southern Storm” (2008) e “The Great Execution” (2011), o novo play consegue ser ainda mais destruidor, ainda que possamos duvidar que isso seja possível. Mas estamos falando do KRISIUN e eles são mestres em música extrema.

O disco abre com a faixa título, a verdadeira trilha sonora do Armageddon. Aqui o caos se mostra presente em forma de música, os irmãos mostram que não vieram para brincar. A música tem algumas mudanças em seu andamento, mas aqui se dá prioridade à bateria violenta e de velocidade que desconfiamos ser Max Kolesne um ser humano.

Demonic III” que foi lançada como single antes, já é conhecida do público e esta tem uma brutalidade fora do normal. É importante ressaltar que o trio faz um trabalho excepcional, mas Max realmente é o ponto fora da curva.

Um solo animalesco acrescido de um riff pra lá de cavernoso dão o tom de abertura para “Devouring Faith“, que se desenvolve com toda a fúria que os caras conseguem impor a sua música. Essa foi eleita como a melhor pelo redator, ela tem influências de Thrash metal, e poderia ser classificada como tal não fosse a bateria de Max, trazendo-a de volta ao Death Metal.

Slay the Prophet” dá sequência ao massacre sonoro produzido pelos gaúchos. A guitarra hipnotizante aliada à bateria infernal de Max lhe desafiam a permanecer inerte. Você vai querer de fato “matar o profeta”.

A Thousand Graves” é outra música que traz um pouco da influência Thrash Metal, mas que descamba de volta ao Death Metal graças ao seu baterista.

Electricde” é um som rápido, ríspido e brutal. Excelente para você apresentar a banda para aquele amigo que não conhece o KRISIUN.

Abysmal Misery (Foretold Destiny)” é uma composição complexa, com algumas mudanças de andamento, mas mantendo a proposta dos caras que é de fazer um som agressivo.

Fechando este petardo, temos a não menos maravilhosa “Whirlwind of Immortality“, que começa épica, com Moyses Kolesne tentando bater o recorde de notas por segundo e a pancadaria segue-se por seus pouco mais de cinco minutos.

A única coisa a se lamentar no disco é o tempo de duração: Apenas 38 minutos. Não que isso vá me fazer tirar os méritos dele, porém umas duas ou três músicas a mais, com certeza que ninguém reclamaria. Vamos lembrar de um certo álbum lançado em 1986 por uma banda que está fazendo turnê de despedida, que é igualmente curto e virou objeto de culto por todo headbanger que se preze. Guardadas as proporções, é claro.

Um disco que beira a perfeição, item obrigatório na discografia de qualquer headbanger que curta um som mais extremo e o mais importante: enche nosso peito de orgulho por saber que enquanto a grande massa admira música lixo, existe uma banda brasileira levando o nome do nosso pais lá fora e o que é melhor, fazendo heavy metal.

Dica: Ouça em alto e bom som, mesmo que você termine os 38 minutos com os ouvidos zunindo, como este que vos escreve. Vai valer a pena.

Formação:

Alex Camargo – Baixo/Vocal

Max Kolesne – Bateria

Moyses Kolesne – Guitarra

Track List:

  1. Scourge of The Enthroned
  2. Demonic III
  3. Devouring Faith
  4. Slay The Prophet
  5. A Thousand Graves
  6. Electricide
  7. Abysmal Misery (Foretold Destiny)
  8. Whirlwind of Immortality

Encontre sua banda favorita