Resenha: Korzus – KZS (1995)

Falar da importância que os paulistas do Korzus têm no cenário underground nacional é algo estritamente difícil, pois são inúmeras as palavras que poderiam fazer parte da descrição, porém a única citação cabível ao momento é: Uma das pioneiras do Metal Nacional que com o passar do tempo a cada lançamento prova que não há limites para o ápice musical e profissional.

korzus-logo

A banda possui um dos grandes e eternos clássicos já gravados no Brasil, lançado na coletânea SP Metal II de 1985, à qual em sua primeira aparição em registros, já deixou eternizado o hino “Guerreiros do Metal”.

Em 1987 eis que Marcello Pompeu e companhia lançam o debut “Sonho Maníaco” que traz todas suas composições cantadas em português com destaque para as faixas “Guerra Nuclear”, “Anjo do Mal” e “Suicídio”.

Em sequência, não perdendo o ânimo eis que os paulistas lançam “Pay for Your Lies” (1989) e “Mass Illusion” (1991), ambos marcados por uma evolução nítida em comparação ao debut, gravações mais bem produzidas e sempre trazendo influências de clássicos como Sodom, Slayer e Kreator.

korzuss

Em 1995, a banda entra em estúdio com sua nova formação, que contava com Soldado na guitarra e Fernando Schaefer na bateria, Silvio Golfetti na guitarra, Dick Siebert no baixo e Pompeu liderando a tropa nos vocais.

Logo de cara temos “Internally” que já traz ao ouvinte uma nova faceta do então quinteto. Uma faixa mais cadenciada comparada aos registros anteriores, tendo em alguns momentos uma levada Hardcore, sendo esta uma das faixas de promoção do álbum, e primeiro vídeoclipe do álbum.

https://www.youtube.com/watch?v=uzY38hp3p2k

Nota-se uma evolução em relação à sonoridade adotada pelo grupo que em KZS assume uma identidade totalmente única, com riffs mais pesados, andamentos mais lentos e principalmente distorções mais sujas, características evidenciadas em “What a Pain” (faixa totalmente Hardcore), “Cumbacore” (faixa que remete à Pantera com linhas vocais mais agressivas casadas com  riffs sujos, contando com um belo solo de guitarra), “Namesake” (com um início lento e depois um andamento brutal, com um riff massacrante e também sendo um dos clipes de divulgação do disco) e “Sadness” que é sem dúvida a obra prima do disco.

KZS é o quarto álbum de estúdio dos paulistas, este que fez com que a banda atravessasse os turbulentos anos 90 com um registro atemporal, não havendo dúvidas que a partir daqui a banda conseguiu o devido reconhecimento e principalmente conquistou sua fórmula única de destruição sonora.

Faixas:
01 – Internally
02 – Sadness
03 – Lost Man
04 – What A Pain!
05 – 5º Shame
06 – BS (A Hole In The Head)
07 – Short Lived
08 – Beware
09 – Cumbacore (R.I.P)
10 – Namesake
11 – Last Meal
12 – The Boss

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